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Vendas no varejo nos EUA e dados industriais reforçam perspectiva econômica do 3º trimestre

15/08/2018 11h49

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - As vendas no varejo nos Estados Unidos cresceram mais do que o esperado em julho, à medida que as famílias impulsionaram as compras de veículos e roupas, sugerindo que a economia permanece forte no início do terceiro trimestre.

Outros dados desta quarta-feira mostraram que a produção manufatureira subiu solidamente no mês passado e a produtividade dos trabalhadores cresceu em seu ritmo mais rápido em mais de três anos no segundo trimestre, embora uma queda nos custos trabalhistas tenha apontado para uma moderada inflação salarial.

A forte demanda doméstica apóia as expectativas de que o banco central dos EUA, Federal Reserve, aumentará a taxa de juros em setembro pela terceira vez este ano, apesar da volatilidade nos mercados emergentes que foi provocada por uma crise econômica e política na Turquia.

"A economia parece estar bem posicionada para continuar crescendo", disse Jim Baird, diretor de investimentos da Plante Moran Financial Advisors, em Kalamazoo, Michigan. "O persistente otimismo do setor de consumo está fazendo sua parte para manter o motor de crescimento funcionando e os varejistas estão se beneficiando."

O aumento de julho nas principais vendas no varejo sugeriu que a economia iniciou o terceiro trimestre em bases sólidas após registrar seu melhor desempenho em quase quatro anos no segundo trimestre.

O PIB subiu a uma taxa anualizada de 4,1 por cento no período de abril a junho, quase o dobro do ritmo de 2,2 por cento no primeiro trimestre. Embora a economia não deva repetir o desempenho robusto do segundo trimestre, o crescimento no período de julho a setembro deve superar a taxa de 3,0 por cento.

As perspectivas da economia para o terceiro trimestre também foram reforçadas por um relatório do banco central dos EUA que mostrou que a produção nas fábricas do país aumentou 0,3 por cento em julho, após alta de 0,8 por cento em junho.

Isso ajudou a compensar os declínios na produção de mineração e utilidades, elevando a produção industrial em 0,1 por cento no mês passado.

A produção industrial foi impulsionada por fortes aumentos na fabricação de veículos e peças, assim como em produtos de informática e eletrônicos. Também houve ganhos na produção de vestuário e couro, petróleo, produtos químicos, plásticos e produtos de borracha.