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Alemanha deveria indicar Weidmann como chefe do BCE, diz Nowotny

18/10/2018 11h21

VIENA (Reuters) - A Alemanha deveria indicar o presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, como sucessor do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, e o governo está cometendo um grave erro ao não pressionar mais, disse na quinta-feira o membro do BCE, Ewald Nowotny.

O cargo de Draghi ficará disponível no final de outubro de 2019. Até essa data, Nowotny - o presidente do banco central da Áustria com tendências moderadamente hawkish, que muitas vezes se aliou a Weidmann - também terá deixado seu cargo.

"Eu receberia muito bem uma candidatura de Weidmann", disse Nowotny ao jornal Oberoesterreichische Nachrichten, acrescentando que "pessoalmente, acredito que seja um grave erro político de (chanceler alemã) Angela Merkel que ela não esteja buscando a candidatura de Weidmann".

O presidente do banco central da França, François Villeroy de Galhau, é considerado o favorito na corrida, mas nenhuma discussão real deve ser feita até depois das eleições para o Parlamento Europeu na próxima primavera (no hemisfério norte), quando os postos de trabalho do BCE deverão ser decididos em um pacote que também inclui os chefes da Comissão e do Conselho da UE.

Apesar da sensibilidade política da disputa, Weidmann criticou publicamente os planos fiscais da Itália, a terceira maior economia da zona do euro. Na quarta-feira, ele disse que a normalização da política monetária sobrecarregará cada vez mais os países altamente endividados, portanto não há lugar para leniência com Roma sobre as regras fiscais europeias.