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Entregas de jatos comerciais da Embraer caem 40% no 3º tri; carteira de pedidos encolhe

Alberto Alerigi Jr.

19/10/2018 08h27

SÃO PAULO, 19 Out (Reuters) - A Embraer informou nesta sexta-feira (19) uma queda de 40% nas entregas de aeronaves a companhias aéreas, além de um recuo de 27,7% na carteira de pedidos firmes a entregar.

A companhia, que discute com a norte-americana Boeing a venda de sua divisão de aviação comercial, a principal da empresa, entregou 15 jatos comerciais de julho ao final de setembro ante 25 aviões no mesmo período de 2017.

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As entregas de jatos executivos, porém, cresceram de 20 para 24 unidades, embora as unidades deste segmento sejam de menor porte que os aviões comerciais.

No acumulado do ano, a Embraer entregou até o final de setembro 57 jatos comerciais e 55 aeronaves executivas ante 78 unidades na aviação comercial e 59 na executiva no mesmo período de 2017.

Pedidos

No terceiro trimestre, a Embraer acertou uma carta de intenção envolvendo pedido firme feito pela Helvetic Airways que encomendou 12 jatos comerciais E190-E2 e direitos de compra de outras 12 aeronaves do modelo. A empresa também recebeu encomenda de 25 jatos E175 da United Airlines.

A companhia "continua trabalhando para converter em pedidos firmes a carta de intenção para cem unidades do E175 para a Republic Airways, com a expectativa de que uma parte significativa dessas aeronaves seja incluída no backlog até o fim de 2018", afirmou a fabricante brasileira em comunicado ao mercado.

A carteira de pedidos firmes a entregar da Embraer encerrou setembro em US$ 13,6 bilhões ante US$ 18,8 bilhões divulgados no mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, 134 jatos foram retirados da carteira no terceiro trimestre por causa de dúvidas sobre encomenda de cem aviões E175-E2 feita pela norte-americana Skywest.

As incertezas sobre a encomenda da Skywest ocorrem por causa de discussões envolvendo alterações da chamada "cláusula de escopo nos Estados Unidos para permitir que o E175-E2, que é mais pesado que o E175 atual, seja operado por companhias aéreas regionais sob contratos de compra de capacidade junto a grandes linhas aéreas, afirmou a Embraer. "A Skywest continua comprometida com o pedido", acrescentou a empresa.

Outros 24 aviões retirados da carteira correspondem ao cancelamento de pedido feito pela norte-americana JetBlue, que decidiu em julho trocar os aviões da fabricante brasileira por modelos produzidos pela Airbus. 

(Edição Paula Arend Laier)

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