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Haddad diz que exterior reconhece melhor riscos que Brasil corre com Bolsonaro

25/10/2018 15h35

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse que é preciso ter grandeza de reconhecer os riscos que o Brasil corre se Jair Bolsonaro (PSL) for eleito, e que no exterior esse risco é mais reconhecido do que no próprio país.

"No exterior, esse risco está mais presente do que no próprio Brasil, por incrível que pareça. A comunidade internacional, a imprensa internacional está muito mais ciente do que significa uma eventual vitória de uma pessoa com as características do Bolsonaro do que a gente faz crer aqui", disse Haddad durante coletiva de imprensa em São Paulo.

Segundo o candidato petista, o Brasil está "naturalizando um processo muito pouco natural". Para Haddad, a eleição de Bolsonaro não representa um salto no escuro, mas sim um "salto no abismo".

NOTÍCIAS FALSAS

Haddad falou à imprensa após reunião com a missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que está acompanhando as eleições brasileiras, na qual o PT denunciou a disseminação de notícias falsas.

"O que pedimos é que eles observem com atenção os acontecimentos daqui até domingo", afirmou Haddad, acrescentando que o PT quer evitar uma avalanche de notícias falsas nesta reta final, como, segundo ele, houve no primeiro turno da eleição.

"Se a gente conseguir evitar aquela avalanche de notícias falsas que circularam entre sexta e domingo do primeiro turno, eu acho que com essa onda de virada que o Brasil está vivendo... a gente pode chegar a um bom resultado eleitoral", avaliou.

Mais cedo, após o fim da reunião, a chefe da missão da OEA, a costa-riquenha Laura Chinchilla, afirmou que "é a primeira vez em uma democracia que estamos observando o uso do WhatsApp para disseminar maciçamente notícias falsas". [nL2N1X517U]

Pesquisa Ibope divulgada na terça-feira mostrou Haddad com 43 por cento dos votos válidos, bem atrás do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que tinha 57 por cento. No levantamento anterior, o placar era de 59 a 41 por cento para Bolsonaro.

(Reportagem de Laís Martins)