Daimler comprará 20 bilhões de euros em células de bateria para veículos elétricos
Por Edward Taylor
FRANKFURT (Reuters) - A Daimler comprará mais de 20 bilhões de euros em células de bateria até 2030, conforme se prepara para produção em massa de veículos híbridos e elétricos, disse a fabricante de carros Mercedes-Benz nesta terça-feira.
A empresa é uma das montadoras alemãs que estão expandindo fortemente em veículos elétricos, a medida que os reguladores europeus elevam a repressão de emissões de poluentes de veículos a diesel.
"Com grandes pedidos de células de bateria até o ano 2030, definimos outro marco importante para a eletrificação de nossos futuros veículos elétricos", disse em comunicado Wilk Stark, que supervisiona a aquisição e a qualidade dos fornecedores no conselho da Mercedes-Benz Cars.
A Daimler não identificou quais fornecedores receberiam os contratos. A empresa já tem acordos de fornecimento de células de bateria com as sul-coreanas SK Innovation, LG Chem e com a chinesa Contemporary Amperex Technology (CATL), conforme planeja lançar 130 veículos elétricos e híbridos até 2022, além de fabricar vans, ônibus e caminhões elétricos.
A montadora precisa das células para construir uma rede global de fábricas de montagem de baterias em unidades nas cidades alemãs Kamenz, Untertuerkheim e Sindelfingen, em Pequim, em Bangcoc e na norte-americana Tuscaloosa.
A Daimler disse que está expandindo sua pesquisa em células de bateria e trabalhando em baterias de próxima geração para reduzir sua dependência de minerais raros, incluindo o cobalto, que é principalmente proveniente da República Democrática do Congo, devastada pela guerra.
Atualmente, a indústria automobilística tem uma série de diferentes receitas de baterias competindo pelo menor uso de cátodos de baterias. Um deles é o NCA, ou óxido de alumínio-lítio-níquel-cobalto, produzido pela Panasonic e usado pela Tesla.
Os fabricantes chineses usam uma composição chamada LFP que tem uma densidade de energia menor, mas sem cobalto, enquanto as montadoras japonesas usam LMO, ou óxido de lítio-manganês, que é usado pela Nissan e LG Chem.
(Por Edward Taylor)
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