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Ibovespa mostra fraqueza com exterior e à espera de novidades sobre reformas

17/01/2019 11h42

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista mostrava alguma fraqueza na manhã desta quinta-feira, com o viés mais negativo no exterior endossando movimentos de realização de lucros no pregão brasileiro, enquanto agentes financeiros continuam aguardando o andamento da agenda de reformas pelo novo governo.

Às 11:36, o Ibovespa caía 0,2 por cento, a 94.207,89 pontos. O volume financeiro somava 2,27 bilhões de reais.

De acordo com o estrategista-chefe da Levante, Rafael Bevilacqua, não há grandes novidades locais para impulsionar o mercado, principalmente em relação à reforma da Previdência. "Como a proposta só deverá ser apresentada no fim do mês, seguimos com ares mornos e no aguardo da definição", avalia.

No exterior, os futuros acionários norte-americanos sinalizavam uma abertura negativa em Wall Street, após resultado fraco do Morgan Stanley e preocupações renovadas sobre as discussões comercias entre Estados Unidos e China. O petróleo também caía na esteira de dados sobre a produção.

DESTAQUES

- VIA VAREJO caía 2,38 por cento, em sessão de ajuste após fechar em alta nos cinco pregões anteriores, acumulando no período elevação de quase 26 por cento. No setor, MAGAZINE LUIZA cedia 0,82 por cento e B2W recuava 0,15 por cento.

- SUZANO caía 2,29 por cento, também corrigindo parte da valorização recente, com alta de mais de 20 por cento nos últimos sete pregões.

- EMBRAER caía 1,35 por cento, ainda pressionada por previsões divulgadas pela companhia na véspera. O Morgan Stanley cortou a recomendação dos ADRs da empresa para 'equal weight', citando perspectiva de recuperação mais lenta nas divisões de defesa e jatos executivos, entre outros.

- ESTÁCIO subia 1,86 por cento. Em relatório, o Bradesco BBI classificou o papel como 'outperform', dizendo que a empresa está bem posicionada para lidar com os desafios de curto e médio prazos do setor. KROTON, que recebeu recomendação 'neutra', caía 1,27 por cento.

- BRF subia 3,42 por cento, recuperando-se após fechar em queda nos últimos cinco pregões, período em que acumulou declínio de 5,65 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,81 por cento, pesando do lado negativo, enquanto BRADESCO PN cedia 0,52 por cento. BANCO DO BRASIL subia 0,41 por cento. O Itaú BBA reiterou recomendação 'outperform' para o BB e elevou o preço-alvo para 56 reais por ação, de 48 reais anteriormente.

- PETROBRAS PN caía 0,2 por cento, em sessão de queda dos preços do petróleo no exterior, mas notícias como a de que retomará a venda da participação na Transportadora Associada de Gás (TAG). PETROBRAS ON cedia 0,21 por cento.

- VALE tinha variação positiva de apenas 0,32 por cento, na contramão do fraco desempenho das ações de mineradoras no exterior.

(Por Paula Arend Laier)