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Jerson Kelman será novo presidente do Ibram, diz chefe do conselho

18/01/2019 15h47

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O conselho diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)elegeu por unanimidade nesta sexta-feira o engenheiro Jerson Kelman para a presidência da diretoria-executiva do instituto, que representa as mineradoras no Brasil, afirmou à Reuters o presidente do colegiado e diretor da Vale, Luiz Eduardo Osório.

Kelman irá substituir Walter Alvarenga, que concluiu mandato de dois anos e voltará para a função de Assuntos Institucionais, explicou Osório.

Nascido no Rio de Janeiro em 1948, Kelman foi presidente da Sabesp e do Grupo Light, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), entre outras atribuições.

Osório explicou que a escolha de Kelman ocorre em um momento em que o Ibram busca maior protagonismo e transparência com a sociedade, mostrando a importância do setor para a economia e para a vida das pessoas.

"Kelman é um profissional que tem experiência muito ligada a água, sustentabilidade, questões ambientais de forma geral, o que vem fortalecer e renovar essa liderança, para que possa o Ibram ter mais protagonismo daqui para a frente", disse Osório.

O presidente do conselho do Ibram destacou ainda que Kelman chega para fortalecer o instituto enquanto o setor de mineração vem passando por uma profunda transformação nos últimos anos, com robustos investimentos em tecnologia e modernização, além de avanços significativos em sustentabilidade e em governança.

"A sociedade precisa entender que o setor de mineração é de fato o celeiro das inovações de referência, a gente está indo rumo a uma indústria 4.0, inteligência artificial... A gente entende que é a indústria das industrias", afirmou.

A ideia, segundo ele, é que o Ibram tenha "maior diálogo com a sociedade, com a própria imprensa, governos, demonstrando que de fato é uma atividade sustentável, responsável e inovadora".

A mineração reponde por 36 por cento do saldo da balança comercial brasileira e gera mais de 2 milhões de empregos, entre diretos e indiretos, segundo cálculos do Ibram. O país produz mais de 2 bilhões de toneladas de minérios ao ano, o que movimenta 34 bilhões de dólares, tendo por base dados de 2018.

Para o período 2018 a 2022, a expectativa das mineradoras é atrair 19,5 bilhões de dólares em investimentos privados.

(Por Marta Nogueira)