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Pedidos de auxílio desemprego nos EUA caem; atividade manufatureira no meio-Atlântico sobe

21/03/2019 11h49

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, indicando condições ainda fortes do mercado de trabalho, embora o ritmo de crescimento do emprego tenha desacelerado após a forte alta do ano passado.

Outros dados nesta quinta-feira mostraram que uma medida de atividade manufatureira na região Meio-Atlântico se recuperou acentuadamente neste mês após cair em fevereiro pela primeira vez em mais de dois anos e meio.

Mas empresários estavam menos otimistas sobre as condições de negócios e gastos de capital ao longo dos próximos seis meses, sustentando a visão de que o setor manufatureiro está desacelerando em linha com o enfraquecimento do crescimento econômico.

O Federal Reserve manteve os juros na quarta-feira e as autoridades do banco central norte-americano abandonaram projeções de novos aumentos neste ano, destacando que o "crescimento da atividade econômica desacelerou do ritmo sólido do quarto trimestre".

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 9 mil, para 221 mil em números ajustados sazonalmente, na semana encerrada em 16 de março, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Os dados da semana anterior foram revisados para mostrar mil pedidos a mais do que o informado anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters projetavam queda dos pedidos para 225 mil. Os pedidos vêm ficando na faixa entre 200 mil e 253 mil neste ano.

A média móvel de quatro semanas para pedidos iniciais, considerada um indicador melhor de tendências do mercado de trabalho já que elimina volatilidade entre as semanas, subiu em mil pedidos, a 225 mil na semana passada.

Os mercados financeiros tiveram pouco impacto dos dados, uma vez que investidores continuam digerindo o comunicado e as projeções macroeconômicas divulgadas pelo Fed na quarta-feira.

Em um relatório separado nesta quinta-feira, o Fed da Filadélfia disse que o índice de condições empresariais subiu para 13,7 em março, de -4,1 em fevereiro, que havia sido a primeira leitura negativa desde maio de 2016.

A medição de novos pedidos recebidos por fábricas da região, que inclui a Pensilvânia, Nova Jersey e Delaware, também se recuperou do território negativo em fevereiro.

Mas o índice que avalia as condições empresariais de seis meses caiu para uma leitura de 21,8 neste mês, ante 31,3 em fevereiro. O índice de seis meses de gastos de capital recuou para uma leitura de 19,5 em março, de 31,7 no mês anterior.

Essas leituras estão em linha com outras pesquisas que mostram sinais de desaceleração na atividade manufatureira nos EUA.