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PF prende ex-presidente Michel Temer no âmbito da Lava Jato

21/03/2019 13h30

(Reuters) - O ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco foram presos, nesta quinta-feira, em operação da Lava Jato relacionada a desvios na Eletronuclear, responsável pelas obras da usina Angra 3.

Veja abaixo reações de lideranças políticas sobre as prisões.

LÍDER DO PSL NO SENADO, MAJOR OLIMPIO (SP):

"O Brasil está mudando realmente. A Justiça será para todos... Nesse momento, com a prisão do ex-presidente Michel Temer e possivelmente de alguns de seus ministros nós estaremos dando a certeza à população brasileira que estamos no caminho da lei ser cumprida.

Tem que passar a limpo o país. Cadeia para todos aqueles que dilapidaram o patrimônio do povo brasileiro e envergonharam a política."

MDB, EM NOTA:

"O MDB lamenta a postura açodada da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa."

LÍDER DO PPS NA CÂMARA, DANIEL COELHO (PE):

"Os resultados desta nova etapa da Lava Jato demonstram, mais uma vez, que ninguém, absolutamente ninguém, está acima da lei vigente deste país. A Justiça mostra que não tem partido, nem viés ideológico. Na nossa avaliação, a força-tarefa (da Lava Jato) continua se pautando pela materialidade das provas colhidas, sem agir pela seletividade dos seus alvos.

Não há sentimento de celebração. Lamenta-se que dois ex-presidentes da República estejam presos."

PT, EM NOTA:

"O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT."

LÍDER DA OPOSIÇÃO NA CÂMARA, ALESSANDRO MOLON (PSB-RJ):

"Por duas vezes, tentamos, na Câmara, que Michel Temer respondesse por seus delitos durante o exercício da Presidência da República, mas ele usou a força de seu cargo para impedir que essas denúncias avançassem. Felizmente, agora ele começa a responder perante a Justiça. Trata-se do chefe de uma quadrilha, cujos comparsas já foram presos."

SENADOR JAQUES WAGNER (PT-BA):

"Não sou eu que vou julgar os motivos. O direito cabe ao ex-presidente de fazer o recurso. Agora, virou tábula rasa. Faz uma temporada, para obter um depoimento um ex-presidente da República. Ele deveria ter sido chamado primeiro para depor. Ele já se manifestou no processo?

Nas outras democracias do mundo pelo que me consta se faz todo um processo e o condenado vai preso. Aqui as pessoas vão sendo presas e as preventivas se eternizam."

LÍDER DA MINORIA NA CÂMARA, JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ):

"Poderíamos comemorar muito a prisão de Temer depois de tudo que ele fez contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, mulher que foi derrubada sem provas num golpe muito bem orquestrado, mas nós defendemos o devido processo legal. Não há espaço para dois pesos, duas medidas.

Nós, no Parlamento, fomos chamados há dois anos a votar a autorização da investigação sobre ele e, assim, o processo ocorresse com trâmite correto... Nos estranha o momento em que essas prisões são efetuadas."

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)