BC do Japão rejeita ideia de país como modelo da "Teoria Monetária Moderna"
Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, rejeitou a ideia de que governos podem gastar mais agressivamente sem causar hiperinflação, acrescentando que as políticas econômicas de Tóquio não estão nem perto do conceito.
Kuroda disse que a hiperinflação pode acontecer não apenas sob circunstâncias extremas, como depois de uma guerra, mas também devido a falhas políticas, como visto em alguns países latino-americanos e asiáticos.
"É errado supor que não haverá hiperinflação, mesmo que você aumente os gastos fiscais de forma imprudente, desde que seja financiado pelo banco central", disse Kuroda ao Parlamento japonês nesta quinta-feira.
Defensores da Teoria Monetária Moderna dizem que o monopólio do governo dos EUA sobre a emissão de dólares - a imprensa - lhe dá o poder de gastar o quanto for necessário para atender aos encargos de emprego e inflação atribuídos ao Federal Reserve.
Impostos podem não ser necessários para sustentar todos os gastos, já que o governo pode criar mais dinheiro, como forçar o banco central emitir dívidas diretas, argumentam.
Alguns fãs da teoria citaram o Japão como um caso de sucesso, dizendo que Tóquio tem conseguido aumentar os gastos fiscais sem causar inflação, já que o banco central mantém o custo de empréstimos do governo ultra-baixo através de seu massivo programa de estímulo.
Kuroda disse que o Japão não está fazendo uso da teoria, à medida que o governo se compromete a colocar a casa fiscal do país em ordem.
"O Japão implantou políticas de estímulo econômico. Mas o governo acredita que é importante restaurar a saúde fiscal e tornar a política fiscal sustentável", disse Kuroda. "É errado dizer que o Japão está recorrendo à Teoria Monetária Moderna".
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