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Hydro diz que Justiça suspendeu último embargo à área de depósitos da Alunorte

26/09/2019 20h37

SÃO PAULO (Reuters) - A Justiça Federal suspendeu nesta quinta-feira o último embargo ao novo depósito de resíduos de bauxita da Alunorte (DRS2), permitindo que a refinaria de alumina retome as atividades de instalação e comissionamento da estrutura e encerre um período de embargo de 19 meses, disse nesta quinta-feira a norueguesa Hydro, dona da unidade.

A Alunorte, gigante da produção global de alumina e fornecedora fundamental da indústria de alumínio, operou desde o ano passado com restrições por determinação judicial, devido à descoberta de despejos ilegais de efluentes não tratados pela fábrica na floresta amazônica, em fevereiro de 2018.

"Este é um marco para a Alunorte e contribuirá para nossa agenda rumo a uma Hydro mais rentável e sustentável", disse a presidente-executivo da norueguesa Hydro, Hilde Merete Aasheim, ao comentar a decisão judicial em nota.

Na última terça-feira, a Hydro disse que a Alunorte tentaria atingir 75%-85% da capacidade para o resto de 2019, avançando em direção à capacidade total em 2021.

A decisão da Justiça Federal de suspender o embargo ao DRS2 sob a ação criminal ocorreu após uma decisão na sexta-feira, 20 de setembro, de suspender o embargo ao DRS2 na ação civil.

Os embargos impediram a Alunorte de seguir a transição, originalmente planejada, da antiga área de depósito de resíduos de bauxita (DRS1) para a mais nova área de depósito (DRS2), em combinação com a tecnologia de filtro prensa, comentou a Hydro.

O filtro prensa é a mais moderna e sustentável tecnologia, disponível no mundo, para depósitos de resíduos de bauxita, segundo nota da empresa.

A construção do DRS2 começou em 2014, de acordo com a Hydro. "Os filtros prensa geram um resíduo com 78% de conteúdo sólido, o que permite o empilhamento por compactação, aumentando a segurança do DRS2 e reduzindo significativamente a área necessária para o descarte."

Vistorias internas e externas, incluindo inspeções de autoridades, confirmaram que não houve vazamento dos Depósitos de Resíduo de Bauxita da Alunorte, durante as chuvas extremas de fevereiro de 2018, ressaltou a empresa.