Após ameaça de deslistagem nos EUA, China diz que "dissociação" prejudicará ambos os lados
Por Michael Martina
PEQUIM (Reuters) - A China alertou nesta segunda-feira sobre a instabilidade nos mercados internacionais após qualquer "dissociação" da China e dos Estados Unidos, depois que fontes disseram que o governo norte-americano está considerando deslistar as empresas chinesas das bolsas de valores norte-americanas.
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, está avaliando a mudança, disseram três fontes informadas sobre o assunto na sexta-feira, no que seria uma escalada radical das tensões comerciais com a China.
A medida seria parte de um esforço mais amplo para limitar o investimento dos Estados Unidos em empresas chinesas, disseram duas fontes. Uma fonte disse que a motivação são as crescentes preocupações com a segurança do governo Trump acerca das atividades das empresas.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse que soube das notícias sobre a deslistagem e a resposta do Tesouro dos EUA, que afirmou que não há planos para bloquear as empresas chinesas "no momento".
A cooperação comercial e financeira entre China e Estados Unidos é mutuamente benéfica, disse Geng em uma entrevista coletiva diária.
"Exercer pressão máxima e até buscar dissociação forçada das relações China-EUA prejudicará os interesses de empresas e pessoas chinesas e norte-americanas, criará turbulência nos mercados financeiros e ameaçará o comércio global e o crescimento econômico", acrescentou.
Geng disse esperar que os Estados Unidos trabalhem com a China para aprofundar a cooperação econômica e financeira e que Washington adote uma "atitude construtiva" em relação à resolução das diferenças entre as duas maiores economias do mundo.
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