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Governo diz que trabalhará para defender interesse comercial do Brasil após EUA elevarem tarifa

25.nov.2019 - Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista na embaixada brasileira em Washington (EUA) - Olivier Douliery/AFP
25.nov.2019 - Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista na embaixada brasileira em Washington (EUA) Imagem: Olivier Douliery/AFP

Lisandra Paraguassu e Eduardo Simões

em Brasília e em São Paulo

02/12/2019 15h47

O governo do presidente Jair Bolsonaro vai trabalhar para defender os interesses comerciais do Brasil, assim como assegurar a fluidez do comércio com os Estados Unidos, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que restabelecerá tarifas sobre o aço e o alumínio do Brasil, alegando manipulação cambial.

Em nota, os Ministérios da Economia, Relações Exteriores e Agricultura disseram que o governo brasileiro já está em contato com autoridades norte-americanas sobre o assunto.

Trump anunciou nesta segunda-feira, pelo Twitter, que irá retomar imediatamente tarifas norte-americanas sobre importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina.

"O governo brasileiro tomou conhecimento de declaração do presidente Donald Trump sobre possível imposição de sobretaxa ao aço brasileiro e já está em contato com interlocutores em Washington sobre o tema", afirma a nota.

"O governo trabalhará para defender o interesse comercial brasileiro e assegurar a fluidez do comércio com os EUA, com vistas a ampliar o intercâmbio comercial e aprofundar o relacionamento bilateral, em benefício de ambos os países."

Pouco antes da divulgação da nota, uma autoridade do governo brasileiro em Washington, familiarizada com a reação ao anúncio de Trump em Brasília, disse que o governo brasileiro está em contato com o gabinete do representante comercial dos EUA e com outras agências do país para discutir o assunto.

Essa autoridade, que falou sob condição de anonimato pois não estava autorizada a discutir o assunto publicamente, rejeitou ainda a alegação de Trump de que o governo brasileiro manipulou o câmbio para depreciar o real e lembrou que o Banco Central atuou no mercado para fortalecer — não enfraquecer — a moeda.

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