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Perfin movimenta R$1 bi em oferta de fundo com ativos de transmissão de energia

20/01/2020 17h08

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A gestora Perfin iniciou nesta segunda-feira as negociações na B3 de cotas de um fundo de investimento em infraestrutura focado em energia, em operação que movimentou cerca de um bilhão de reais, com demanda três vezes superior à oferta, disse à Reuters uma executiva da empresa.

O chamado FIP-IE Perfin Apollo Energia tem um portfólio de seis projetos de transmissão de eletricidade, todos em parceria com a Alupar-- são ativos que tiveram as concessões adquiridas pela elétrica em conjunto com fundos da Perfin desde o final de 2016.

"São algumas linhas já 'perfomadas' e outras em processo de entrada em operação. É é um fundo com uma previsibilidade de retorno boa... basicamente vai ser um coletor de dividendos", afirmou a diretora da operações (COO) da Perfin, Carolina Rocha.

O setor de transmissão de energia do Brasil é visto como fruto de retornos estáveis para investidores devido aos contratos de 30 anos para construção e operação dos empreendimentos, que têm receitas atreladas a índices de inflação. O risco no segmento fica por conta principalmente das atividades de construção.

O fundo da Perfin tem retorno estimado para os investidores de IPCA + 5,75% ao ano, segundo a diretora.

Ela ressaltou, no entanto, que o fundo ainda poderá buscar novas oportunidades no futuro, ainda no setor elétrico.

"Entendemos que o fundo nasce saudável em termos de expectativa de retorno e diversificação de ativos, mas se a gente identificar ao longo do tempo oportunidades interessantes, pode fazer sentido, sim", afirmou ela. "Por regulamento, tem uma restrição, de no mínimo 70% (dos recursos) em transmissão e máximo de 30% em (ativos de) geração", acrescentou.

Os empreendimentos que constam atualmente do portfólio do fundo incluem linhas de transmissão localizadas na Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

Os ativos foram arrematados em leilões feitos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2016 e 2017 e em uma licitação da estatal Eletrobras para desinvestimentos, em 2018.

Investidores institucionais ficaram com 10% da oferta, enquanto investidores de varejo responderam por 90% da captação, que totalizou cerca de qautro mil investidores qualificados.

(Por Luciano Costa)