RJ recomenda restrição de viagens ao Estado com origem em locais com circulação do coronavírus
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo do Rio de Janeiro recomendou nesta terça-feira restrições a viagens aéreas e de ônibus para o Estado que tenham origem em locais com circulação confirmada do coronavírus ou que tenham decretado situação de emergência, segundo decreto publicado pelo Poder Executivo estadual.
O decreto também sugere que sejam proibidas as atracações de navios de cruzeiro que venham de lugares na mesma situação. Segundo a assessoria do Palácio Guanabara, as medidas são apenas uma recomendação, uma vez que a competência sobre operação aeroviária, atracação de navios e viagens de ônibus interestaduais é federal.
Um portaria do Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detro) também proíbe a circulação de ônibus entre a Região Metropolitana e os demais municípios do Estado.
“A medida foi tomada considerando que a maior parte dos casos da Covid-19 no Estado está concentrada na Região Metropolitana. Os passageiros com bilhetes emitidos para os municípios com restrição, com validade posterior à data da portaria, serão ressarcidos pelas respectivas empresas”, diz a portaria publicada no Diário Oficial do Estado.
O governo do Rio de Janeiro também determinou que a capacidade de passageiros em transportes públicos do Estado seja reduzida pela metade para diminuir ainda mais a circulação e a aglomeração de pessoas em meio ao avanço do novo coronavírus, disse o governador Wilson Witzel à Reuters.
"Quanto menos contato entre as pessoas, menor a chance de transmissão e contágio pelo vírus", afirmou.
A medida faz parte de um novo decreto publicado pelo Estado, segundo o qual a capacidade dos transportes públicos --trens, barcas e metrô-- deve ser reduzida em 50% e, quando possível, os passageiros devem manter janelas abertas para haver circulação do ar.
"Vamos fiscalizar com nossos agentes e das empresas para que essa medida seja cumprida", disse Witzel.
Medidas de isolamento social já estão em vigor e há uma redução expressiva no número de pessoas e veículos circulando pelo Rio. Na segunda-feira, o movimento nos transportes caiu 25%, de acordo com autoridades.
"Nunca esteve tão tranquilo. Há muito menos gente e carro nas ruas. Parece dia de feriado ou domingo", disse o taxista Antônio Silva.
Para reduzir ainda mais o deslocamento, o cartão que concede passe livre a estudantes está sendo suspenso.
Segundo Witzel, o governo do Rio ainda não cogita fechar as divisas fluminenses, evitando prejudicar o abastecimento do Estado, que compra muitos produtos de outros locais próximos.
"Estamos preservando as operações logísticas", disse ele, acrescentando que está "conversando com todos os seguimentos em reuniões diárias."
No fim de semana, houve um aumento de quase 10% nas vendas de supermercados do Rio, informou a associação do setor, e há escassez de alguns itens, incluindo produtos in natura, água e ovo. Nas farmácias, faltam álcool em gel, vitamina C e máscaras cirúrgicas, além de os preços já estarem em alta.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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