Em reunião, Doria pede suspensão de dívidas dos Estados por 1 ano e cobra serenidade de Bolsonaro
Por Eduardo Simões e Rodrigo Viga Gaier
SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governador de São Paulo, João Doria, pediu nesta quarta-feira em videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro e demais governadores do Sudeste a suspensão por um ano do pagamento das dívidas dos Estados com a União, e cobrou diretamente Bolsonaro para que lidere o país com serenidade em meio à crise gerada pela pandemia do coronavírus, disseram fontes à Reuters.
Segundo pessoas que tiveram acesso ao encontro virtual, mas que falaram em condição de anonimato, Doria iniciou sua fala lamentando o pronunciamento feito na noite de terça-feira por Bolsonaro em cadeia nacional, no qual minimizou a pandemia de coronavírus e criticou as medidas de restrição à circulação adotadas por governadores.
O governador paulista disse, dirigindo-se ao presidente, que ele deveria "dar o exemplo" e "liderar o país, não dividi-lo".
Bolsonaro reagiu com agressividade à fala do governador e, nas palavras de uma das fontes, "partiu para o MMA". Em sua tréplica, Doria apenas disse que o presidente precisará de "muita calma, muito equilíbrio e serenidade" para liderar o país nesta crise, que chamou de gravíssima.
O governador paulista também fez elogios ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também presente ao encontro, ao destacar o que chamou de "forma republicana" do ministro, além do seu "equilíbrio".
Além da suspensão do pagamento das dívidas com a União por 12 meses, Doria defendeu ainda que o governo federal atue junto ao Banco Mundial e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pela suspensão, também por um ano, do pagamento das dívidas dos Estados com esses organismos multilaterais de crédito.
O tucano também pediu que portos e aeroportos sigam abertos para permitir a importação de insumos, a antecipação do pagamento de parcelas da Lei Kandir aos Estados e a alertou que o governo paulista tomará medidas judiciais caso o Ministério da Saúde atue para confiscar equipamentos médicos, como respiradores, adquiridos por São Paulo.
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