Fed fará "o que for preciso" para ajudar economia dos EUA já em provável recessão, diz Daly
Por Ann Saphir
(Reuters) - O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) está pronto para fazer mais para auxiliar uma economia norte-americana interrompida repentinamente, à medida em que empresas fecham e pessoas ficam em casa para arrefecer a pandemia de coronavírus, disse nesta terça-feira a presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly.
"O Federal Reserve está preparado para fazer o que for necessário para garantir que façamos parte da solução de apoiar as pessoas sobre o vírus, fortalecer a economia norte-americana e nos colocar na melhor posição para crescermos novamente quando o vírus retroceder", Disse Daly em entrevista ao Yahoo Finance.
"Se fizermos a coisa certa e nos abrigarmos e reduzirmos a disseminação do vírus, a economia estará na melhor posição para se recuperar."
Com o coronavírus infectando dezenas de milhares de norte-americanos e matando centenas a cada dia, três quartos da população dos EUA estão sob ordens de ficar em casa, exceto em casos de viagens essenciais para retardar a propagação do vírus.
Empresas têm demitido milhões de trabalhadores à medida em que a demanda some, e estados determinam o fechamento de estabelecimentos que oferecem serviços não essenciais. A economia provavelmente já está em recessão, disse Daly.
O trabalho do Fed --juntamente com o do governo dos EUA, que finalizou na sexta-feira um pacote de resgate de 2,2 trilhões de dólares-- é fornecer apoio aos mercados financeiros, empresas e pessoas que estão cumprindo seu dever de melhorar a saúde pública, disse Daly.
Depois que a ameaça de pandemia passar, os programas do Fed e as baixas taxas de juros ajudarão a impulsionar a recuperação econômica, disse ela.
"O vírus e sua evolução determinarão a magnitude da desaceleração e sua duração", disse Daly, acrescentando que a equipe do Fed está trabalhando para gerenciar programas já em andamento e criar novos, incluindo o Main Street Lending Facility (instrumento de empréstimos à economia real), a ser lançado.
"O vírus também determinará a quantidade de ação que precisamos tomar. Estes são tempos sem precedentes e exigem ações sem precedentes."
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