Doria prorroga quarentena do coronavírus em SP até 22 de abril
SÃO PAULO (Reuters) - O decreto de quarentena para conter a disseminação do coronavírus no Estado de São Paulo, que mantém fechado estabelecimentos comerciais não essenciais, será prorrogado até 22 de abril, anunciou nesta segunda-feira o governador João Doria (PSDB).
"Eu queria nesse momento deixar claro à opinião pública e à população do Estado de São Paulo que, sim, a prorrogação da quarentena será feita em São Paulo por mais 15 dias, do dia 8 até o dia 22 de abril", disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
O decreto inicial de quarentena venceria na terça-feira, mas a prorrogação foi anunciada por Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. O governador disse que todos as prefeituras do Estado têm obrigação de seguir o decreto, e que a decisão foi tomada com base em informações científicas.
Doria e o prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), também presente na entrevista, disseram que mais medidas de restrição à circulação de pessoas podem ser adotadas caso a população não respeite a quarentena.
O governador disse ainda que a Polícia Militar paulista está orientada a dissipar aglomerações.
"A Polícia Militar do Estado de São Paulo está autorizada a agir para evitar aglomerações, primeiro na advertência, na orientação", disse Doria.
"Tenho convicção que as pessoas saberão seguir essa orientação, até porque, se não fizerem, a segunda etapa será medidas coercitivas, podendo penalizar essas pessoas com as penas previstas em lei, que vão inclusive à prisão."
A quarentena em São Paulo determina o fechamento de bares, cafés e restaurantes, podendo funcionar apenas através de serviços de entrega, assim como diversos outros estabelecimentos comerciais.
Serviços essenciais nas áreas de saúde pública, saúde privada, alimentação, abastecimento, segurança e limpeza deverão seguir funcionando, no entanto. Assim, seguirão abertos hospitais, clínicas, supermercados, padarias (sem serviços de alimentação pronta) e açougues, de acordo com o governo.
(Por Eduardo Simões)
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