Corte de empregos na Air France testará estilo transparente de CEO
Por Laurence Frost e Tim Hepher
PARIS (Reuters) - A Air France-KLM está iniciando as negociações com sindicatos franceses sobre cortes na força de trabalho, disse o presidente-executivo Ben Smith à Reuters, enquanto o grupo de companhias aéreas alertou para perdas crescentes com a crise de coronavírus sem previsão para acabar.
A companhia aérea agendou uma reunião estratégica de planejamento da força de trabalho em junho para discutir cortes de capacidade e suas consequências para sua equipe, disse Smith em entrevista, já que os resultados trimestrais do grupo oferecem uma amostra do impacto da pandemia.
A reunião geralmente fornece uma indicação antecipada de planos de redundância significativos. Smith não detalhou o tamanho dos prováveis cortes, mas disse que a empresa identificou oportunidades para demissões voluntárias.
A Air France-KLM há muito tempo está atrás da rival europeia Lufthansa e da IAG, controladora da British Airways, em lucratividade. Mas com Smith, que assumiu o posto em 2018 vindo da Air Canada, o grupo franco-holandês havia fechado acordos de produtividade com seus pilotos franceses e começado a cortar custos unitários, uma métrica chave do setor.
Os sindicatos elogiaram a transparência de Smith. Mas os cortes necessários para sobreviver ao coronavírus ainda podem testar sua abordagem e a paz que ela gerou após anos de ações trabalhistas que culminaram na abrupta renúncia de seu antecessor.
Além de seus sindicatos poderosos, a Air France-KLM deve responder aos governos francês e holandês, que possuem quase 14% do grupo e prometeram até 11 bilhões de euros (11,9 bilhões de dólares) em ajuda. A Air France emprega 45 mil funcionários, enquanto a KLM tem 35 mil.
Reagindo aos comentários de Smith, o ministro francês dos Transportes, Jean-Baptiste Djebbari, disse que o presidente-executivo estava certo em ser "lúcido" sobre os níveis de funcionários da companhia aérea. "Estou confiante de que Ben Smith liderará essa discussão com responsabilidade", disse Djebbari.
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