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Empréstimo a elétricas terá 16 bancos; taxa tem leve redução, diz BNDES

24.mai.2020 - Banco do Brasil é uma das instituições financeiras que participará da ação - Wagner Pires / Estadão Conteúdo
24.mai.2020 - Banco do Brasil é uma das instituições financeiras que participará da ação Imagem: Wagner Pires / Estadão Conteúdo

Da Reuters, em São Paulo

09/07/2020 17h53

Um empréstimo bilionário de bancos para apoiar distribuidoras de energia devido aos impactos do coronavírus sobre o mercado envolverá 16 instituições financeiras e terá taxa final levemente abaixo do informado antes, disseram nesta quinta-feira o BNDES e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

O custo total final do financiamento, que poderá ser repassado posteriormente às tarifas dos consumidores nos próximos cinco anos, será agora de CDI + 3,79% ao ano, contra CDI + 3,9% a.a. divulgado anteriormente.

A transação, liderada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), envolverá menos instituições financeiras que as cerca de 20 antes previstas— além do banco de fomento, participarão Banco do Brasil, Bocom BBM, CCB, Santander, Bradesco, Itaú BBA, BTG, Citibank, SMBC, Votorantim, Alfa, ABC Brasil, Safra, JP Morgan e Credit Suisse.

A redução nos custos da operação, que envolverá um total de 14,8 bilhões de reais, veio após queixas de distribuidoras sobre o "spread" cobrado pelo grupo de bancos que fornecerá os recursos.

O presidente da Abredee (Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia), Marcos Madureira, que representa as empresas, disse à Reuters em 2 de julho que o "spread" havia ficado acima do esperado pelo setor.

O custo final da transação já havia ficado bem abaixo do registrado em operação semelhante com empréstimos para distribuidoras entre 2014 e 2015, mas devido à redução recorde da taxa de juros de referência do Brasil, a Selic.

O "spread" da operação, no entanto— remuneração cobrada pelos bancos além da taxa de juros de referência— havia ficado superior aos financiamentos anteriores, que tiveram custo total de entre CDI+ 2,5% e CDI + 3,1% ao ano.

Os empréstimos serão tomados por meio da CCEE, uma instituição do setor, para evitar impactos sobre o balanço das distribuidoras de energia.

A operação visa aliviar perdas de caixa das elétricas devido à forte queda do consumo associada a medida de isolamento adotadas contra o vírus e à maior inadimplência, decorrente da perda de receita da população em meio à pandemia.

Segundo a Aneel, o empréstimo terá taxa de juros de CDI + 2,8% ao ano, sem mudanças frente ao informado antes, enquanto a comissão de estruturação será de 2,5% do valor contratado, o que levará a custo final de CDI + 3,79%.