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Confiança da indústria no Brasil tem em setembro maior nível desde 2013, diz FGV

O resultado do mês refletiu avaliações positivas dos empresários - Getty Images
O resultado do mês refletiu avaliações positivas dos empresários Imagem: Getty Images

28/09/2020 08h38

A confiança da indústria no Brasil registrou a quinta alta mensal consecutiva em setembro, alcançando o maior nível em mais de sete anos diante do otimismo dos empresários com a situação atual e as perspectivas futuras do setor, informou hoje a FGV (Fundação Getulio Vargas).

O ICI (Índice de Confiança da Indústria) teve alta de 8,0 pontos em setembro, a 106,7 pontos, maior nível desde janeiro de 2013, quando também registrou 106,7 pontos.

O resultado do mês refletiu avaliações positivas dos empresários tanto em relação ao momento presente quanto aos próximos três meses. O ISA (Índice de Situação Atual) teve alta de 9,5 pontos, a 107,3 pontos, máxima desde janeiro de 2013, enquanto o IE (Índice de Expectativas) avançou 6,3 pontos, a 105,9 pontos, maior leitura desde abril de 2013.

"Esse resultado sugere que o pior da crise já foi superado e que o setor teria fôlego para continuar a apresentar resultados positivos no próximo trimestre", avaliou Renata de Mello Franco, economista da FGV-Ibre, destacando que, na opinião dos empresários, a demanda estaria satisfatória, o nível de estoques está confortável e haveria expectativa de aumento de produção e do quadro de pessoal no curtíssimo prazo.

No entanto, ela destacou que o nível ainda baixo do indicador que mede o otimismo dos empresários com a evolução do ambiente de negócios nos seis meses seguintes, em 96,5 pontos, "evidencia a preocupação do setor com o ambiente de negócios a partir de 2021, uma cautela possivelmente motivada pela incerteza com relação aos rumos da economia após a retirada dos programas emergenciais do governo."

As melhoras seguidas nas sondagens industriais brasileiras vêm na esteira da flexibilização de medidas de restrição causadas pelo coronavírus, com a retomada da produção. Mas, apesar da recuperação da atividade, o Brasil está se aproximando da marca de 5 milhões de casos de covid-19, enquanto já registrou quase 142 mil mortes pela doença.