CSN Mineração pede registro para IPO
Por Alberto Alerigi Jr. e Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - A CSN Mineração pediu nesta segunda-feira registro para sua muito aguardada oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), com a operação da unidade de minério de ferro da CSN prometendo ser uma das maiores feitas por empresas brasileiras em 2020.
O porte da transação pode ser medido pela quantidade instituições financeiras que vão coordenar a oferta, 11 ao todo, incluindo Morgan Stanley, XP, Bank of America, Bradesco BBI, BTG Pactual, UBS-BB, Caixa, Citi, Banco Fibra, Safra e Santander.
Em fato relevante publicado mais cedo, a CSN informou que ainda avalia se participará da operação como vendedora.
No prospecto preliminar, a CSN Mineração se apresenta como segunda maior exportadora de minério de ferro no Brasil e detentora de uma das maiores reservas de minério de ferro no mundo, certificada em mais de 3 bilhões de toneladas.
A companhia diz que pretende usar os recursos da oferta primária, cujos recursos vão para seu caixa, para os projetos Itabirito, o de recuperação de rejeitos de barragem Pires e para a mina Casa de Pedra.
A CSN Mineração afirma no prospecto que teve receita líquida de 8,94 bilhões de reais nos primeiros nove meses de 2020, alta de 8% ante mesma etapa do ano passado. O lucro líquido no entanto caiu de 2,95 para 2,69 bilhões de reais, enquanto a margem líquida encolheu de 35,7% para 30,1%.
O anúncio ocorreu poucos dias após a CSN anunciar uma meta de alavancagem menor ao final de 2021, de 2,5 vezes, do que a informada em julho, sem citar detalhes sobre como pretenderá acelerar a redução no endividamento.
O pedido de IPO envolve listagem da CSN Mineração, uma das maiores produtoras de minério de ferro de alta qualidade do Brasil, no nível 2 da B3.
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