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Ásia forma maior bloco comercial do mundo, um grupo apoiado pela China e que exclui EUA

Líderes das principais economias da Ásia e do Pacífico discutem a criação de um bloco comercial durante videoconferência - Kham/Reuters
Líderes das principais economias da Ásia e do Pacífico discutem a criação de um bloco comercial durante videoconferência Imagem: Kham/Reuters

Por Khanh Vu e Phuong Nguyen

16/11/2020 08h10

HANÓI (Reuters) - Quinze economias da Ásia-Pacífico formaram o maior bloco de livre comércio do mundo ontem, um acordo apoiado pela China e que exclui os Estados Unidos, país que deixou um grupo comercial rival na região sob o governo presidente Donald Trump.

A assinatura da Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês) em uma cúpula regional de Hanói é mais um golpe para um grupo rival promovido pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, do qual seu sucessor Trump saiu em 2017.

Em meio a questões sobre o envolvimento de Washington na Ásia, o RCEP pode cimentar a posição da China com mais firmeza como parceiro econômico do Sudeste Asiático, Japão e Coreia, colocando a segunda maior economia do mundo em melhor posição para moldar as regras comerciais da região.

Os Estados Unidos estão ausentes tanto do RCEP quanto do sucessor da Parceria Transpacífica liderada por Obama, deixando a maior economia do mundo de fora de dois grupos comerciais que abrangem a região de crescimento mais rápido do planeta.

O RCEP agrupa os dez membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático, China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Ele visa reduzir progressivamente as tarifas em muitas áreas nos próximos anos.

(Por Khanh Vu e Phuong Nguyen; Reportagem adicional de James Pearson, Liz Lee, Gayatri Suroyo, Bernadette Christina Munthe, Hyonhee Shin, Neil Jerome Morales, Kaori Kaneko, Kirsty Needham, Gabriel Crossley, Roxanne Liu e Shivani Singh)