Gasolina pressiona e alta dos preços ao consumidor dos EUA acelera em dezembro
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram de forma sólida em dezembro em meio a um salto no custo da gasolina, embora o núcleo da inflação tenha permanecido fraco conforme a economia enfrenta a pandemia de Covid-19, que vem pesando sobre o mercado de trabalho e o setor de serviços.
O Departamento do Trabalho informou nesta quarta-feira que seu índice de preços ao consumidor subiu 0,4% no mês passado, depois de avançar 0,2% em novembro.
Um salto de 8,4% nos preços da gasolina respondeu por mais de 60% da elevação do índice.
Nos 12 meses até dezembro o índice subiu 1,4%, depois de alta de 1,2% em novembro.
Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,4% na margem e de 1,3% na base anual.
O índice de preços ao consumidor subiu 1,4% em 2020, leitura mais fraca desde 2015 e desacelerando ante alta de 2,3% em 2019.
O índice subiu a uma taxa anual média de 1,7% ao longo dos últimos dez anos.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, os preços avançaram 0,1%, depois de alta de 0,2% em novembro. O chamado núcleo do índice foi contido por recuos nos preços de carros e caminhões usados, recreação, passagens aéreas e saúde.
O núcleo do índice de preços avançou 1,6% na comparação ano a ano, repetindo a taxa de novembro, e subiu 1,6% em 2020, depois de alta de 2,3% em 2019. Esse resultado ficou abaixo da taxa média anual de 2,0% dos últimos dez anos.
O setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia dos EUA, foi o mais prejudicado pelo vírus. O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) acompanha o núcleo do índice de preços PCE para sua meta de inflação de 2%, uma média flexível. O núcleo do PCE está em 1,4%.
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