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Ale prevê alta de 9% em vendas em 2021 após crescer em 2020 apesar de pandemia

29/01/2021 15h10

Por Nayara Figueiredo e Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - Depois de fechar 2020 no azul apesar das adversidades impostas pela pandemia da Covid-19, a distribuidora Ale Combustíveis pretende conseguir 150 novos postos para a rede neste ano e espera crescer 9% em volume de vendas, para 4,2 bilhões de litros, projetou a empresa à Reuters.

Quarta maior distribuidora de combustíveis do país, atrás apenas da BR, Raízen e Ipiranga, a companhia que tem a Glencore como sócia majoritária também manterá foco no segmento de grandes consumidores (COF) --composto por empresas de transportes, locadoras de veículos, agroindústrias, mineradoras e demais setores com grande demanda para abastecimento de frotas e equipamentos.

Neste cenário, a expectativa é de um incremento de 11% no faturamento de 2021, ante os 13 bilhões de reais de 2020.

"Acreditamos que este ano vai representar mais oportunidades e melhores chances de crescimento, além de um mercado mais saudável", disse o presidente da Ale, Fulvius Tomelin.

A empresa ressaltou que fechou 2020 com 134 novos clientes com contrato de fornecimento exclusivo, e a meta para esse segmento é conquistar mais 144 neste ano.

"Além disso, faz parte dos desafios para este ano a manutenção dos cerca de 6,2 mil clientes ativos, para os quais a empresa é responsável, mensalmente, pelo abastecimento integral ou parcial", afirmou.

A distribuidora teve 78% de sua participação vendida para a Glencore em 2018 e, nos dois anos subsequentes, esta fatia passou para os atuais 88%. Em 2021, a Ale completa 25 anos de atuação.

Ainda entre os planos, a Ale quer apostar na expansão do programa de recompensas Livelo, das lojas de conveniência, das unidades de serviços automotivos, e ampliar a parceria com a Mobil.

LEGADO DE 2020

A companhia disse que no ano passado, enquanto o mercado nacional de distribuição de combustíveis caiu 6%, a companhia cresceu o mesmo percentual (6%) e conquistou 143 novos postos.

Parte da equipe adotou o sistema de trabalho em home office com durante a pandemia e a expectativa é que algumas práticas sejam mantidas, como a modalidade de trabalho híbrido, mesclando presencial e virtual. "Teremos uma maior digitalização de todos os processos", disse o presidente.

Segundo Tomelin, a customização do fornecimento, de acordo com o perfil de cada cliente, é um dos principais fatores para a fidelização e conquista de novos clientes no B2B --metas perseguidas pela empresa.

"Uma vez que entendemos as necessidades de nossos clientes e nos adaptamos para supri-las, com recursos como o aplicativo, entregas rastreadas... comunicação ágil e resolutiva, além do atendimento virtual/digital da nossa equipe comercial, podemos oferecer um serviço melhor, mais rápido e mais eficiente."

Internamente, além do home office, foram criados programas de capacitação online para revendedores, gerentes de postos e consultoria às novas operações.