Saída de Castello Branco se dá por "diferença de opiniões", diz secretário de Guedes
O secretário Especial de Comércio Exterior, Roberto Fendt, disse nesta terça-feira que o presidente Jair Bolsonaro decidiu não reconduzir o atual CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco, ao cargo em razão de uma "diferença de opiniões" acerca da condução da política de preços praticada pela estatal.
Fendt foi questionado sobre o tema ao participar de videoconferência promovida pelo "think tank" Center for Strategic and International Studies, para a qual foi escalado para representar o ministro Paulo Guedes, que cancelou participação em cima da hora.
"Essa é uma questão muito complexa, para ser sincero", disse Fendt.
"Havia uma diferença de opiniões sobre como a política (de preços) deve ser aplicada", acrescentou, ao detalhar que a estatal vinha adotando a estratégia de acompanhar a cotação dos preços no mercado internacional e que apenas este ano o diesel teve alta de 27%, que ele classificou como "um aumento considerável".
O secretário lembrou que o acionista majoritário da companhia é o setor público. "É uma questão de negócios sobre como a companhia deve ser administrada. É o que eu tenho a dizer", complementou Fendt em sua participação.
Na sexta-feira, Bolsonaro anunciou que o governo decidiu indicar o general Joaquim Silva e Luna para assumir os cargos de conselheiro e presidente da Petrobras após o encerramento do mandato de Castello Branco, em 20 de março.
No início da tarde desta terça-feira, as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras subiam, respectivamente, 9,8% e 7,8%, após a petrolífera perder 74 bilhões de reais em valor de mercado na véspera. Os agentes econômicos seguem atentos à reunião do conselho de administração da companhia, que deve votar a indicação de Silva e Luna para comandar a empresa.
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