REPERCUISSÃO-Ministro do STF anula condenações de Lula e ex-presidente pode voltar à arena política
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do STF Edson Fachin decidiu anular todas as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da operação Lava Jato, o que abre caminho para uma possível candidatura à eleição presidencial de 2022.
Parlamentares da esquerda comemoraram a decisão, mas também cobraram que não sejam deixados de lado os questionamentos sobre a suspeição do então juiz Sérgio Moro, responsável pelas condenações. Há quem tenha, no entanto, manifestado preocupação com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Confira, a seguir, comentários sobre a decisão de Fachin:
ARTHUR LIRA (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados
"Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!", publicou o deputado no Twitter.
RODRIGO PACHECO (DEM-MG), presidente do Senado
"Não vou comentar decisão judicial do Supremo Tribunal Federal em caso concreto, cujos elementos jurídicos desconheço", afirmou o presidente em nota.
LUCIANO HUCK, apresentador, nome mencionado como possível candidato à Presidência da República
"No Brasil, o futuro é duvidoso e o passado é incerto. Na democracia, a Corte Suprema tem a última palavra na Justiça. É respeitar a decisão do STF e refletir com equilíbrio sobre o momento e o que vem pela frente. Mas uma coisa é fato: figurinha repetida não completa álbum", tuitou.
JEAN PAUL PRATES (PT-RN), líder da Minoria no Senado
"Temos a certeza de que um processo limpo e despido de interesses vai agora inocentar o maior presidente que o Brasil já teve. O Judiciário agora precisa se questionar sobre como tudo isso foi possível. Os atos do Moro e da República de Curitiba precisam ser investigados", disse, no Twitter.
JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE), líder da Minoria na Câmara
"A decisão do ministro Edson Fachin, do STF, representa a vitória do Direito, da Justiça, das regras, das normas. Porque o que o juiz Moro fez foi uma profunda perseguição política, ao arrepio da Lei, das mais elementares normas do Direito, com o objetivo claro de interditar a participação do Lula nas eleições de 2018. É uma vitória, portanto, da justiça, porque o processo volta a sua normalidade", disse o líder em vídeo enviado por sua assessoria.
KIM KATAGUIRI (DEM-SP), deputado
"Lula elegível. Bolsonaro acaba de ser reeleito. Desolador."
JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ), deputada
"Parabéns ao min. Fachin em tomar decisão correta, mesmo que tardia, anulando os processos de Lula em Curitiba. Essa posição já era defendida por vários juristas e desembargadores. Lula foi preso injustamente e agora retoma direitos políticos. Que venha a suspeição de Moro!", tuitou a parlamentar.
LUIZ HENRIQUE MANDETTA (DEM), ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro
"Os extremos comemoram, pois se nutrem um do outro. A ruptura da liga social brasileira avança. Mais que nunca o povo de bem terá que apontar o caminho para pacificar esse país", publicou no Twitter.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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