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Yellen diz que pacote contra Covid-19 vai fomentar recuperação "muito forte" nos EUA

Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen - Por David Lawder e Susan Heavey
Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen Imagem: Por David Lawder e Susan Heavey

David Lawder

08/03/2021 11h48

Por David Lawder e Susan Heavey

WASHINGTON (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta segunda-feira que o pacote de ajuda em resposta ao coronavírus --de 1,9 trilhão de dólares e proposto pelo presidente Joe Biden-- fornecerá recursos suficientes para alimentar uma recuperação econômica "muito forte" no país, embora não resolva os problemas de desigualdade de longa data.

"Esse é um projeto de lei que realmente proporcionará aos norte-americanos o alívio de que precisam para atravessar a pandemia, e esperamos que os recursos realmente alimentem uma recuperação econômica muito forte", disse Yellen em entrevista à MSNBC.

Ela repetiu suas expectativas de que o pacote permitirá ao país retornar aos níveis pré-pandemia de "pleno emprego" no próximo ano.

Yellen disse que ainda haverá problemas de desigualdade de longa data na economia e que precisam ser resolvidos por mais legislação. A administração Biden concordou em abandonar o aumento do salário mínimo para 15 dólares como parte do pacote da Covid-19. O governo planeja fazer isso separadamente e propôs trilhões de dólares em investimentos em infraestrutura, educação e pesquisa.

Questionada sobre a inflação, se o aumento dos gastos fará com que a economia aqueça demais, Yellen disse não esperar que isso aconteça, mas afirmou que "há muitos riscos enfrentados por esta economia" e que o pacote aborda os maiores, que podem deixar cicatrizes permanentes na vida das pessoas.

"Se (o pacote) acabar sendo inflacionário, existem ferramentas para lidar com isso e vamos monitorar isso de perto", disse Yellen sobre as medidas do projeto de lei.

Yellen disse na sexta-feira que não via a alta nos rendimentos de longo prazo dos Treasuries como sinal de preocupação dos mercados financeiros com inflação, mas como expectativa de recuperação dos EUA.