Acionistas da Vale aprovam mínimo de 7 conselheiros independentes
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os acionistas da mineradora Vale aprovaram nesta sexta-feira em assembleia 13 alterações no estatuto da companhia, incluindo a previsão de um mínimo obrigatório de sete membros independentes no conselho, dentre outras medidas que visam melhoria nas práticas de governança.
A partir das mudanças, realizadas em Assembleia Geral Extraordinária, também foi definida a votação individual na escolha dos conselheiros, a determinação de que o presidente e o vice-presidente do colegiado sejam eleitos pelo conjunto dos acionistas e não mais pelo próprio conselho, entre outras.
"Este é um passo fundamental para adequar a governança da Vale à sua nova realidade de empresa sem controle definido, com um Conselho de Administração formado com maioria de conselheiros independentes, e prepará-la para os desafios dos próximos anos", disse em comunicado José Maurício Coelho, presidente do conselho da Vale.
Também no comunicado, a Vale destacou que o processo de reestruturação societária da companhia teve início em fevereiro de 2017, quando o bloco de controle da empresa à época anunciou a intenção de torná-la uma companhia sem controle definido.
Em outubro daquele ano foram eleitas duas conselheiras independentes e em 2019 foi eleita a terceira independente. Em novembro de 2020 expirou o acordo de acionistas celebrado pelos integrantes do antigo bloco de controle, o que tornou a Vale oficialmente uma empresa de capital disperso.
As regras aprovadas nesta sexta-feira já serão aplicadas na próxima Assembleia Geral Ordinária, prevista para 30 de abril, quando serão eleitos pelos acionistas 12 membros do conselho para o mandato de 2021 a 2023.
Um Comitê de Nomeação, formado por três membros (dos quais dois sem vínculo com a Vale), divulgou na última quarta-feira os 12 indicados ao conselho, incluindo oito membros independentes, cinco a mais do que na atual configuração.
O 13º membro será indicado pelos empregados da Vale.
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