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Minério de ferro tem 2ª maior queda semanal no ano por repressão à poluição na China

12/03/2021 08h16

Por Enrico Dela Cruz

(Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta sexta-feira no mercado asiático e estavam no caminho de sua segunda maior perda semanal até agora este ano, já que as medidas na China para restringir as operações altamente poluentes das siderúrgicas e reduzir a capacidade de produção pesaram sobre o ânimo.

O minério de ferro mais negociado na Bolsa de Commodities de Dalian caiu 0,3% para 1.059 iuanes (163,11 dólares), fechando a semana em queda de 6%.

O Ministério da Ecologia e Meio Ambiente da China pediu que Tangshan, a principal cidade siderúrgica do país, reprima aqueles que violam as regras de qualidade do ar, depois que quatro usinas não conseguiram implementar restrições à produção durante dias de forte poluição.

O governo de Tangshan emitiu um alerta de poluição de segundo nível em 8 de março, instando as empresas industriais pesadas, como siderúrgicas e usinas de coque, a cortar a produção.

A medida diminuiu o otimismo do mercado sobre um aumento na demanda após Ano Novo Lunar, fazendo com que os preços caíssem 5,7%, para 166 dólares a tonelada no mesmo dia, com base nos dados da consultoria SteelHome.

"O mercado voltou 10 dólares/tonelada em um dia, pois os investidores financeiros diagnosticaram erroneamente o impacto das recentes restrições ambientais sobre a capacidade de produção de aço de Tangshan", disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities em Cingapura.

Ele disse que agora há "um risco maior de longo prazo para a demanda de minério de ferro da China, já que o governo quer cortar a capacidade de aço e avançar na produção a partir do uso de sucata.

O vergalhão de aço na Bolsa de Futuros de Xangai subiu 2,9%, enquanto a bobina laminada a quente subiu 3,1%. O aço inoxidável caiu 0,1%.

"Impulsionados por um controle rigoroso e alguns cortes de produção pelas usinas, os mercados de aço permaneceram aquecidos devido à oferta restrita", disse o estrategista sênior de commodities do ING, Wenyu Yao.