Bolsonaro volta a criticar decisão que tornou Lula elegível
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta quinta-feira a decisão de dez dias atrás do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato em Curitiba, tornando o petista elegível para a disputa presidencial do ano que vem.
Sem citar nominalmente Lula e Fachin, Bolsonaro afirmou, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, que a decisão beneficiou um "bandido" e enfatizou que a medida foi monocrática, não tomada pelo conjunto do STF. Ele também insinuou que a decisão está relacionada ao que chamou de "luta política ferrenha" para a eleição de 2022.
"Alguns querem que eu tome uma medida precipitada. O país está dividido. Há uma luta política ferrenha para 2022. Ferrenha! Um ministro do Supremo deu elegibilidade para um dos maiores bandidos que já passou pelo Brasil", disse Bolsonaro.
"Alguns falam 'ah, o Supremo aí'. Foi um ministro, mas falam 'o Supremo'", criticou.
Bolsonaro não detalhou o que seria uma "medida precipitada" nem deu os nomes daqueles que defenderiam que ele a adotasse. Ele também disse que há os que querem que ele coloque "o pé na porta", mas que isso levaria a uma ditadura.
"Os caras querem que coloque o pé na porta. Pé na porta é ditadura. E o povo brasileiro não sabe o que é ditadura, não conhece o que é ditadura. Sabem de uns idiotas da esquerda que ficam falando besteira o tempo todo aí", disse.
O presidente também desdenhou de pesquisas eleitorais que dão percentual de intenção de voto significativo a Lula, com a possibilidade de o petista vencê-lo no ano que vem, e disse que, no Brasil, quem acredita em pesquisa é "desmiolado".
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