Fatiar Eletrobras inviabilizaria privatização neste governo, diz secretário
O modelo proposto pelo governo ao Congresso para privatização da Eletrobras foi defendido nesta quarta-feira pelo secretário especial de Desestatização, Diogo Mac Cord, após notícias de que o relator de medida provisória sobre a operação na Câmara poderia apresentar um novo texto.
Em entrevistas recentes, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) disse que avalia um modelo alternativo para a desestatização que envolveria uma reestruturação de ativos da estatal e a venda integral de três subsidiárias — Eletronorte, Furnas e Chesf.
A MP do governo prevê a privatização por meio de oferta de novas ações da Eletrobras que reduziria a fatia da União a uma posição minoritária. A companhia se tornaria uma corporação, sem controlador definido. Em troca, haveria um pagamento de outorga de 25 bilhões de reais ao governo, que atribuiria novos e mais vantajosos contratos à empresa.
"É o modelo ideal, ele tende a ser aprovado pelo Congresso, a gente já viu inclusive manifestação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apoiando, de vários parlamentares apoiando", disse Mac Cord, durante transmissão ao vivo da Faculdade FISUL.
"A Eletrobras já é uma empresa listada, então fazer um follow-on, uma oferta primária, é algo muito fácil. Ao passo que um spin-off de algumas subsidiárias, ainda mais com a distribuição de ativos e passivos tão complexos como os da holding, isso inviabilizaria isso nesse mandato."
Ele defendeu também que esse modelo permitiria ao governo uma maior captura de valor, por ser o melhor avaliado pelo mercado financeiro.
Mais cedo, o secretário comentou que a Eletrobras aproveita diversos ganhos de escala por seu tamanho, o que ainda a torna mais atrativa para investidores se desestatizada de acordo com a proposta atual.
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