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Petrobras reduz diesel e gasolina em 2% no 1° reajuste da gestão Luna

Em termos percentuais, o diesel recuará cerca de 2,17%, enquanto a gasolina terá redução de quase 2% - Gabriel Herdina/Agência F8/Estadão Conteúdo
Em termos percentuais, o diesel recuará cerca de 2,17%, enquanto a gasolina terá redução de quase 2% Imagem: Gabriel Herdina/Agência F8/Estadão Conteúdo

Marta Nogueira e Luciano Costa

No Rio de Janeiro e em São Paulo

30/04/2021 10h36Atualizada em 30/04/2021 18h39

A Petrobras reduzirá preços do diesel e gasolina nas refinarias em cerca de 2% a partir de amanhã, informou a companhia hoje, no que marca o primeiro reajuste desde a posse do novo presidente da empresa, o general Joaquim Silva e Luna.

Os preços médios do diesel para distribuidoras cairão 6 centavos por litro, para R$ 2,71, enquanto a gasolina terá recuo de 5 centavos por litro, para R$ 2,59, detalhou a empresa.

Mais cedo, a Reuters havia publicado que a estatal reduziria os preços em cerca de 5 centavos por litro, conforme informações da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) e a consultoria e corretora StoneX hoje.

Em termos percentuais, o diesel recuará cerca de 2,17%, enquanto a gasolina terá redução de quase 2%, segundo cálculos da Reuters com informações da Petrobras.

O reajuste vem já sob a gestão de Luna, que tomou posse em 19 de abril, depois de confirmação pelo conselho de administração. Ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o cargo após descontentamentos com a política de preços de combustíveis da administração anterior, comandada por Roberto Castello Branco.

O movimento dos preços foi na direção contrária do previsto pela corretora Ativa Investimentos, que disse mais cedo hoje que seu modelo indicava potencial alta da gasolina.

"Mesmo após a recente apreciação do real frente ao dólar, o melhor modelo de acompanhamento da defasagem no preço da gasolina da corretora Ativa Investimentos apresentou potencial elevação de 13%, motivado pela alta nos preços do petróleo internacional", afirmou.

Questionada sobre as projeções da Ativa, a Petrobras não fez comentários específicos, mas disse que seus preços "buscam equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio". A empresa também destacou que os reajustes não têm periodicidade definida.

Ao assumir a presidência da Petrobras, Luna disse que buscará reduzir a volatilidade dos preços de combustíveis sem "desrespeitar" a paridade de importação, em discurso que agradou investidores e fez as ações da companhia subirem no dia.

O último reajuste da Petrobras havia sido anunciado em 15 de abril, no último dia da gestão de Roberto Castello Branco à frente da empresa. Na ocasião, os preços do diesel foram elevados em 3,8%, enquanto a gasolina subiu 1,9%.