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China diz a Evergrande para evitar calote de títulos denominados em dólar

Vista do exterior do centro da Evergrande em Hong Kong - Bob Yip/Reuters
Vista do exterior do centro da Evergrande em Hong Kong Imagem: Bob Yip/Reuters

Clare Jim e Anshuman Daga e Tom Westbrook

Da Reuters

23/09/2021 08h33Atualizada em 23/09/2021 10h13

Reguladores chineses pediram ao China Evergrande Group para evitar um calote de curto prazo em seus títulos denominados em dólar, informou a Bloomberg Law hoje, data em que a endividada incorporadora imobiliária deve fazer pagamento de juros de sua dívida "offshore".

Em uma reunião recente com a Evergrande, os reguladores disseram que a empresa deveria se comunicar proativamente com os detentores de títulos para evitar inadimplência, mas não deu uma orientação mais específica, informou a Bloomberg, citando uma pessoa familiarizada com o assunto.

O Wall Street Journal noticiou separadamente nesta quinta-feira que as autoridades chinesas estavam pedindo aos governos locais que se preparassem para possível quebra da Evergrande, citando autoridades familiarizadas com as discussões.

Os governos locais foram obrigados a reunir grupos de contadores e especialistas jurídicos para examinar as finanças em torno das operações da Evergrande em suas respectivas regiões, disse o jornal.

Eles também foram obrigados a conversar com incorporadoras estatais e privadas locais para se prepararem para assumir projetos e formar equipes de aplicação da lei para monitorar a ira pública e os chamados incidentes em massa, um eufemismo para protestos, disse o WSJ.

Um porta-voz da Evergrande, a segunda maior incorporadora imobiliária da China, se recusou a comentar as duas reportagens.

O presidente da Evergrande, Hui Ka Yan, instou seus executivos na noite de quarta-feira a garantir a entrega de propriedades de qualidade e o resgate de seus produtos de gestão de fortunas, que normalmente são mantidos por milhões de investidores individuais na China.

Ele não mencionou a dívida "offshore" da empresa.

Analistas disseram que as medidas enfatizaram a pressão política sobre a Evergrande, cujos passivos chegam a 2% do Produto Interno Bruto da China, para conter as consequências de sua crise de crédito e proteger pequenos investidores em detrimento dos credores profissionais.