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Arrecadação de royalties da mineração soma recorde de R$10 bi em 2021, diz Ibram

Projeto de mineração da Vale em Canaã dos Carajás, no Pará - Danilo Verpa/Folhapress
Projeto de mineração da Vale em Canaã dos Carajás, no Pará Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

01/02/2022 14h45Atualizada em 01/02/2022 15h25

A arrecadação brasileira de royalties da mineração, a chamada Cfem, somou um recorde de R$ 10 bilhões no ano passado, alta de quase 70% na comparação com o ano anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) publicados nesta terça-feira (1º)

Os maiores valores de Cfem estão relacionados à produção de minério de ferro e preços mais altos do produto.

"O Ibram observa que houve queda no preço do minério de ferro entre junho e novembro de 2021, mas, mesmo assim, a média foi 47,5% maior do que a de 2020. Observa-se elevações em todas as commodities, como cobre (52%) e alumínio (45%)", afirmou em material publicado à imprensa.

Importante item da pauta de exportação brasileira, o minério de ferro viu seus preços acelerarem na primeira metade do ano passado, com uma demanda firme da China. No entanto, a partir de junho, os preços perderam força refletindo maiores controles à produção de aço na China, entre outros fatores.

A produção mineral brasileira em 2021, em toneladas, cresceu cerca de 7% em relação a 2020, para 1,150 bilhão de toneladas estimadas, apontou o Ibram.

Já a variação de preços das commodities no mercado internacional impulsionou o faturamento do setor em 62%, na comparação com 2020, crescendo para R$ 339 bilhões.

O Ibram, que representa empresas como Vale, Anglo American, Rio Tinto, Usiminas, dentre outras, também manteve a previsão de investimentos no setor mineral para o período 2021-2025, em mais de US$ 41 bilhões.

Segundo o instituto, a perspectiva é que o setor mineral continue com bom desempenho em 2022 e nos próximos anos, com a produção mineral se mantendo estável, com leve crescimento nos próximos anos.