Na China, refinarias evitam fazer novos negócios petrolíferos com a Rússia
As refinarias estatais da China estão honrando contratos de petróleo envolvendo a Rússia, mas evitando novos negócios, apesar dos grandes descontos, atendendo ao pedido de cautela de Pequim, à medida que aumentam as sanções ocidentais contra o aliado eurasiático pela invasão à Ucrânia, disseram seis pessoas à Reuters.
A estatal Sinopec — a maior refinaria da Ásia —, a CNOOC, a PetroChina e a Sinochem ficaram à margem de negociações comerciais de novas cargas russas para carregamentos em maio, disseram as fontes, que têm conhecimento do assunto, mas falaram sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.
As estatais chinesas não querem ser vistas como apoiando abertamente Moscou com compras de volumes extras de petróleo, disseram duas pessoas, depois que o governo dos EUA proibiu o petróleo russo no mês passado e a União Europeia impôs sanções ao principal exportador russo.
"As estatais estão cautelosas, pois suas ações podem ser vistas como representativas do governo chinês e nenhuma delas quer ser apontada como compradora de petróleo russo", disse uma das fontes.
Sinopec e Petrochina não quiseram comentar. A CNOOC e a Sinochem não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
A China e a Rússia desenvolveram laços cada vez mais estreitos nos últimos anos e, em fevereiro, anunciaram uma parceria "sem limites".
A China se recusou a condenar a ação da Rússia na Ucrânia ou chamá-la de invasão, e também criticou repetidamente as sanções ocidentais contra a Rússia.
Maior importador de petróleo do mundo, a China é o principal comprador de petróleo russo, com 1,6 milhão de barris por dia, metade dos quais fornecidos por oleodutos sob contratos de governo a governo.
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