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Bolsonaro discute com Guedes reajuste a servidores de 5% e busca solução de impasse

10.fev.2022 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro Paulo Guedes, durante cerimônia no Palácio do Planalto - Adriano Machado/Reuters
10.fev.2022 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro Paulo Guedes, durante cerimônia no Palácio do Planalto Imagem: Adriano Machado/Reuters

Bernardo Caram e Marcela Ayres

13/04/2022 17h09

O presidente Jair Bolsonaro convocou o ministro da Economia, Paulo Guedes, para reunião no Palácio do Planalto na tarde desta quarta-feira na tentativa de solucionar o impasse em torno da mobilização de servidores públicos que pressionam por reajustes salariais, informaram à Reuters três fontes do Ministério da Economia.

Um dos membros da pasta ressaltou que havia a expectativa de que o encontro com o presidente levasse a uma decisão sobre o assunto. As três fontes afirmaram, no entanto, que até o meio da tarde o tema ainda estava indefinido.

De acordo com uma das autoridades, a "bola da vez" nas negociações é a ideia de conceder um reajuste linear de 5% a todo o funcionalismo federal a partir de julho, medida que pode custar cerca de 6 bilhões de reais para seis meses de vigência neste ano.

Essa mesma fonte ponderou que tem havido muitas idas e vindas em relação às alternativas colocadas sobre a mesa e que é necessário aguardar o fim das reuniões para observar se surgirá uma sinalização concreta.

O funcionalismo está há dois anos sem reajuste salarial. Além do reajuste linear, o governo tem discutido mais duas alternativas para atender de alguma forma aos servidores neste ano eleitoral.

A ideia com maior concordância do Ministério da Economia prevê a concessão de 400 reais adicionais de auxílio-alimentação por mês a todos os servidores federais, medida que alcançaria apenas servidores ativos e, proporcionalmente, beneficiaria mais aqueles com salários menores.

A iniciativa consumiria a verba de 1,7 bilhão de reais anteriormente reservada no Orçamento deste ano para conceder reajustes a carreiras da segurança pública.

Outra opção seria usar o valor de 1,7 bilhão de reais para dar reajuste a algumas carreiras específicas, o que poderia incluir policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários, além de carreiras que estão fazendo paralisações, como as da Receita Federal e do Banco Central.

Se, ao fim das discussões, o governo optar por conceder o reajuste linear, será necessário encontrar espaço no teto de gastos para acomodar essa despesa. Como a margem para reajustes neste ano está definida em 1,7 bilhão de reais, o gasto adicional apenas poderá ser feito se o governo revisar despesas obrigatórias ou cortar outras verbas de ministérios.