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Guerra na Ucrânia intensificou riscos de alta para inflação no curto prazo, diz membro do BCE

Notas de 50 euros - BENOIT TESSIER
Notas de 50 euros Imagem: BENOIT TESSIER

Jesús Aguado e Emma Pinedo

25/04/2022 14h45

A guerra na Ucrânia intensificou os riscos ascendentes para a trajetória da inflação, especialmente no curto prazo, apesar de o principal cenário do Banco Central Europeu continuar a ser de convergência gradual para a meta de inflação de 2% no médio prazo, disse o formulador de política monetária do BCE Pablo Hernández de Cos nesta segunda-feira.

Ele também afirmou que o efeito negativo do conflito e a incerteza associada em torno do crescimento econômico da zona do euro podem reduzir as pressões inflacionárias no médio prazo.

O BCE tem removido seu estímulo no ritmo mais lento possível este ano, mas um salto na inflação agora pressiona as autoridades a encerrar seu experimento de quase uma década de duração com o estímulo não convencional à economia.

As autoridades do Banco Central Europeu desejam encerrar seu esquema de compra de títulos o mais cedo possível e aumentar as taxas de juros tão logo quanto em julho e certamente sem passar de setembro, disseram à Reuters nove fontes familiarizadas com o pensamento do BCE.

O crescimento moderado dos salários na zona do euro está entre os fatores que a instituição deve levar em conta ao defender uma postura em direção a um aperto gradual da política monetária na região, disse ainda de Cos nesta segunda-feira.

"Os argumentos para justificar o gradualismo são baseados numa situação em que vemos um crescimento moderado dos salários e também vemos a inflação permanecendo ancorada", afirmou De Cos em um evento financeiro organizado remotamente pelo Goldman Sachs.