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Dólar recua ante máximas próximas de R$5,05 de olho em movimentos de fim de mês

28/04/2022 14h14

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar se afastava das máximas do pregão nesta quinta-feira, depois de flertar com os 5,05 reais mais cedo em meio à disparada do índice da moeda norte-americana para seus maiores patamares em 20 anos no exterior.

Às 14:08 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,26%, a 4,9811 reais na venda, e foi a 4,9641 reais na mínima da sessão (-0,08%), depois de mais cedo chegar a avançar 1,59%, a 5,0470 reais.

Na B3, às 14:08 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,29%, a 4,9830 reais.

No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de rivais de países ricos subia 0,6%, depois de tocar nesta quinta-feira seu nível mais alto desde 2002.

Alguns participantes do mercado disseram que o movimento de retração do dólar no mercado local em relação aos picos da sessão pode estar relacionado à formação da taxa Ptax de fim de mês, que acontecerá na sexta-feira, com agentes vendidos em dólar tentando levar a moeda para níveis mais condizentes com suas posições.

A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central, que serve de referência para liquidação de derivativos.

"Essa volatilidade hoje e amanhã é natural, a gente está no final de mês", disse à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da assessoria de câmbio FB Capital, afirmando que o mercado ainda está buscando um patamar de equilíbrio para o dólar.

Ele também lembrou que o dólar vem de uma sequência recente de valorização, o que eventualmente geraria um movimento de correção no preço. Apenas entre sexta e segunda-feira, a moeda norte-americana saltou mais de 8% contra o real, embora tenha interrompido esses ganhos na quarta.

Bergallo também disse que um movimento de melhora no apetite por risco internacional --com as principais bolsas globais acelerando os ganhos nesta tarde-- parecia ajudar o real a recuperar o fôlego.

Uma medida da incerteza sobre os rumos da taxa de câmbio para daqui até outubro saltou nesta quinta-feira ao maior patamar em três anos e meio.

(Por Luana Maria Benedito)