Lucro líquido da Weg cai no 2º tri, cadeia de suprimentos ainda é empecilho
SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de motores Weg divulgou nesta quarta-feira uma queda de 19,5% no lucro líquido do segundo trimestre ante mesmo período do ano anterior, e disse que as margens operacionais continuam sob pressão de dificuldades relacionadas à cadeia de suprimentos, apesar da "boa demanda" pelos produtos.
O lucro líquido da Weg ficou em 912,96 milhões de reais de abril ao final de junho, enquanto as margens operacionais ainda não alcançaram os níveis de 2021, em meio ao aumento dos custos de matérias-primas.
A empresa, com sede em Jaraguá do Sul, observou que os resultados do segundo trimestre de 2021 tiveram impacto positivo não recorrente de créditos tributários, e disse que, ajustado por esse efeito, o lucro líquido do trimestre passado cresceu 6,6% na base anual.
"Os resultados confirmaram nossas expectativas com relação à boa demanda por nossos produtos e serviços", afirmou a empresa em relatório de resultados.
Porém, a margem Ebitda da Weg, observada de perto pelo mercado, caiu 0,6 ponto percentual em relação aos três meses imediatamente anteriores, para 17,5%, enquanto há um ano estava em 24,2%.
A empresa disse que enfrenta interrupções na cadeia de suprimentos e custos crescentes de matérias-primas, o que implica uma maior necessidade de capital de giro, mas afirmou que seu modelo de negócios, com visão de longo prazo, ajudou-a a mitigar esses riscos.
A receita operacional líquida da Weg cresceu 25% em relação a igual trimestre do ano passado, para 7,18 bilhões de reais, impulsionada por um salto de 41,1% no faturamento local.
A Weg disse que as receitas no Brasil foram alavancadas pelo bom desempenho no segmento de motores elétricos de baixa tensão, com destaque para setores como geração de energia renovável e transmissão e distribuição de energia. Os mercados externos mostraram boa demanda por bens industriais, acrescentou a companhia.
Analistas do BTG Pactual recentemente elevaram a recomendação da ação da Weg a "compra", dizendo que a empresa era um bom nome defensivo em meio à forte liquidação do mercado.
(Por Gabriel Araujo)
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