China planeja sanções aos CEOs da Boeing Defense e Raytheon por vendas de armas à Taiwan
PEQUIM (Reuters) - A China irá impor sanções aos presidentes-executivos da Boeing Defense e da Raytheon por seu envolvimento nas últimas vendas de armas dos Estados Unidos à Taiwan, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores nesta sexta-feira.
As sanções contra o presidente-executivo da Boeing Defense, Ted Colbert, e o chefe da Raytheon Technologies, Gregory Hayes, são uma resposta à aprovação do Departamento de Estado norte-americano em 2 de setembro da venda de equipamentos militares para Taiwan.
Essas vendas incluem 60 mísseis antinavios e 100 mísseis ar-ar, os quais os principais fornecedores, respectivamente, são Boeing Defense, uma divisão da Boeing, e a Raytheon.
Colbert e Hayes serão sancionados "para proteger a soberania e os interesses de segurança da China", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, citando o envolvimento deles "nessas vendas de armas".
Mao não detalhou o que as sanções implicariam ou como elas seriam aplicadas. Nenhuma das empresas vende produtos de defesa para a China, mas ambas têm negócios robustos de aviação comercial no país.
A China já havia sancionado a Raytheon, a Boeing Defense e indivíduos não especificados envolvidos na venda de armas para Taiwan.
Um porta-voz da Raytheon não comentou. A Boeing não comentou imediatamente, mas na quinta-feira disse que planeja vender alguns aviões que havia reservado para companhias aéreas chinesas, já que as tensões geopolíticas atrasaram as entregas.
(Por Eduardo Baptista; reportagem adicional de Mike Stone e David Shepardson)
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