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Americanas podem pedir recuperação judicial 'nas próximas horas'

13.jan.2023 - Fachada das Lojas Americanas no centro de São Paulo - 13.jan.2023 - Bruno Santos/Folhapress
13.jan.2023 - Fachada das Lojas Americanas no centro de São Paulo Imagem: 13.jan.2023 - Bruno Santos/Folhapress

Alberto Alerigi Jr.

19/01/2023 08h59

As Americanas afirmaram nesta quinta-feira que avaliam entrar com um pedido de recuperação judicial em caráter de urgência "nos próximos dias" ou "nas próximas horas" diante de sua posição de caixa, uma semana após revelar um escândalo contábil de pelo menos 20 bilhões de reais.

A companhia afirmou que sua posição de caixa é de 800 milhões de reais, dos quais "parcela significativa" estava "injustificadamente indisponível para movimentação na data de ontem".

A empresa também afirmou que o comitê independente criado para apurar o rombo bilionário já conta com uma substituição de integrante: Eduardo Flores, contador e ex-presidente do conselho fiscal da rival Via, foi nomeado no lugar de Pedro Mello. As Americanas não informaram o motivo da troca.

No documento em que ameaça o pedido de recuperação judicial, as Americanas citam a decisão da Justiça do Rio de Janeiro na quarta-feira que reverteu entendimento anterior que protegia a companhia contra credores por 30 dias. O caso envolveu o BTG Pactual e uma dívida de 1,2 bilhão de reais.

As Americanas afirmaram que vão recorrer da decisão da véspera "que fere seu esforço na busca por uma solução de curto prazo com os seus credores".

A ação da varejista caiu 8,4% na quarta-feira, acumulando desvalorização de 85,5% desde a tumultuada revelação do escândalo.