Justiça permite que BTG bloqueie R$ 1,2 bi das Americanas
A Justiça do Rio de Janeiro permitiu hoje que o BTG Pactual bloqueie R$ 1,2 bilhão da conta das Americanas.
Em decisão liminar, ou seja, provisória, o juiz Flávio Horta Fernandes permitiu que o banco retivesse o valor diante do "perigo real e concreto de irreversibilidade da medida ante o passivo de mais de R$ 20 bilhões".
Na semana passada, uma decisão determinou que o BTG devolvesse o dinheiro que tirou das contas da varejista para o pagamento de uma dívida.
Crítica do BTG. O banco protestou contra a medida na Justiça, dizendo que o rombo das Americanas é a "maior fraude corporativa na história do país".
A varejista conseguiu uma decisão judicial que a protege por 30 dias do vencimento antecipado de dívidas, enquanto negocia com os credores ou pede recuperação judicial, após a divulgação que a empresa tem dívidas que podem chegar a R$ 40 bilhões.
Em comunicado ao mercado, as Americanas disseram que irão dialogar com os credores.
A tutela de urgência não representa um procedimento de recuperação envolvendo a Companhia. A Companhia continua empenhada em manter conversas positivas com seus credores visando ao atingimento de um acordo que seja benéfico a todos."
Americanas
Entenda a situação das Americanas
- O ex-CEO da empresa Sérgio Rial, que ficou apenas dez dias no cargo e pediu demissão após revelar o rombo bilionário, iniciou conversas com os principais credores das dívidas da empresa, mas as negociações pouco avançaram.
- A crise surgiu após a revelação de um rombo contábil de R$ 20 bilhões.
- Na sexta-feira (13), as Americanas conseguiram uma proteção liminar contra credores e a Justiça deu 30 dias para a empresa decidir se pedirá ou não recuperação judicial.
- No despacho, o juiz informa que as Americanas alegaram risco de seus credores pedirem o vencimento antecipado de R$ 40 bilhões em dívidas. Para evitar a quebra da empresa, o juiz suspendeu temporariamente essa possibilidade.
- BTG Pactual, Bradesco e Santander Brasil estão entre os mais expostos à dívida da varejista.
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