Dow vai demitir 2.000 funcionários, prevê receita abaixo do esperado
(Corrige no primeiro parágrafo para dois mil trabalhadores, não 2)
Por Ankit Kumar
BENGALURU, Índia (Reuters) - A Dow previu nesta quinta-feira receita para o trimestre atual abaixo das estimativas e disse que vai demitir cerca de 2 mil trabalhadores.
Os custos de produção subiram nos últimos trimestres após a invasão da Ucrânia pela Rússia, as medidas de isolamento social na China e sinais de desaceleração econômica global, que reduziram a demanda por produtos químicos da Dow usados em indústrias como de automóveis, embalagens e eletrônicos.
O vice-presidente financeiro da Dow, Howard Ungerleider, disse que, embora o ritmo da inflação tenha diminuído, os níveis gerais de custo permanecem elevados.
A empresa espera que as recentes mudanças na política de isolamento social contra Covid na China estimulem a demanda, mas isso levará algum tempo.
"É provável que os preços dos produtos químicos subam no primeiro trimestre (2023) e veremos uma demanda melhor no segundo trimestre", disse Aleksey Yefremov, analista da KeyBanc Capital Markets.
A Dow planeja economizar 1 bilhão de dólares em 2023. A companhia anunciou que vai se livrar de certos ativos e avaliar ainda mais sua base global, principalmente na Europa. O anúncio de demissões atinge 5% de sua força de trabalho.
O presidente-executivo, James Fitterling, disse que a redução do quadro de funcionários não foi totalmente sobre a Europa, "embora a Europa seja uma grande parte do declínio de ganhos que está nos levando a tomar essas ações".
A Dow espera que a receita do primeiro trimestre fique entre 11 bilhões e 11,5 bilhões de dólares, ante média de expectativas de analistas de 13 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
A companhia vai investir 2,2 bilhões de dólares em 2023, 21% acima do aplicado em 2022.
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