Renault e Nissan devem anunciar reforma de aliança em 6 de fevereiro
Por Norihiko Shirouzu e Gilles Guillaume e Maki Shiraki
TÓQUIO/PARIS (Reuters) - A montadora francesa Renault e sua parceira japonesa Nissan pretendem revelar formalmente um acordo para reformular a parceria das duas empresas em Londres em 6 de fevereiro, disseram duas fontes próximas ao assunto à Reuters nesta quinta-feira.
Os líderes das duas empresas se encontraram remotamente para uma reunião do conselho da aliança nesta quinta, após meses de intensas negociações sobre como redefinir a parceria. Eles optaram por esse formato - em vez de o presidente da Renault, Luca de Meo, e o presidente do conselho, Jean-Dominique Senard, viajarem para o Japão - porque as negociações estão progredindo bem, disseram fontes à Reuters.
Uma fonte acrescentou que não há grande diferença entre as duas empresas e que é improvável que as negociações sejam interrompidas. Mas ele também disse que a data de 6 de fevereiro para um anúncio ainda não foi confirmada. Os conselhos das duas empresas ainda precisam aprovar um possível acordo.
A Renault quer que a montadora japonesa invista em seu novo negócio de veículos elétricos, enquanto a Nissan quer que a Renault, sua maior acionista, reduza sua fatia de cerca de 43% e coloque a aliança de 23 anos em pé de igualdade.
Espera-se que as duas empresas anunciem cinco projetos conjuntos para relançarem a aliança, abrangendo manufatura, tecnologia e maior desenvolvimento geográfico, inclusive na Índia, disse uma das fontes à Reuters.
A forma futura da aliança franco-japonesa tem implicações para ambas as empresas, bem como para a Mitsubishi. Também destaca como a imensa reviravolta tecnológica na indústria automotiva está forçando as empresas a fazerem parcerias e competirem com vários recém-chegados e empresas de tecnologia.
A Renault, por exemplo, disse que fará parceria com empresas, como a chinesa Geely e a gigante de semicondutores Qualcomm.
A Renault está trabalhando separadamente para finalizar um acordo com a Geely e trazer a petrolífera estatal saudita Aramco como investidora e parceira para desenvolver motores a gasolina e tecnologias híbridas.
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