Relatório do Fed de Nova York vê mais vários anos de contração de seu balanço
Por Michael S. Derby
(Reuters) - O Federal Reserve vai seguir com a sua atual trajetória de redução do tamanho de seu enorme estoque de dinheiro e títulos por mais alguns anos, e provavelmente também enfrentará vários anos de lucro líquido negativo, apontou um relatório do Fed de Nova York nesta terça-feira.
Como parte do seu relatório anual da Conta de Mercado Aberto do Sistema para 2022, o banco central dos Estados Unidos disse que as participações do Fed, que agora são de 8,7 trilhões de dólares, provavelmente cairão para cerca de 6 trilhões de dólares até meados de 2025, antes de se manterem estáveis por cerca de um ano. Então, espera-se que as participações cresçam para manter o equilíbrio com o crescimento da economia e voltem a 7,2 trilhões de dólares até 2030.
O relatório do Fed de Nova York também ofereceu projeções da situação de lucro líquido negativo que a instituição enfrenta como parte de seus esforços para aumentar os custos de empréstimos. Elevar a meta da taxa básica de níveis próximos de zero para a atual faixa de 4,75% a 5% aumentou acentuadamente os custos da taxa de juros do banco central e agora supera a receita que obtém com serviços e juros sobre títulos que possui.
Embora o Fed ainda tenha conseguido devolver um excesso de lucros ao Departamento do Tesouro dos EUA em 2022, sua receita ficou negativa no final do ano passado. O banco central captura essa situação com o que chama de ativo diferido, uma medida contábil que registra a perda que será coberta quando o Fed retornar à lucratividade.
"As projeções de lucro líquido negativo sugerem que as remessas ao Tesouro dos EUA serão suspensas por algum tempo e que o ativo diferido registrado no balanço do Federal Reserve, refletindo o prejuízo líquido acumulado, continuará a crescer", disse o relatório.
Em 5 de abril, o ativo diferido do Fed era de 46,2 bilhões. O banco central enfatizou que suas perdas não afetam sua capacidade de conduzir a política monetária, embora alguns analistas temam que a situação possa criar problemas com líderes eleitos.
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