Minério de ferro amplia perdas com preocupações de demanda da China
Por Enrico Dela Cruz
(Reuters) - Os contratos futuros do minério de ferro oscilaram nesta sexta-feira e se encaminhavam para a segunda queda semanal consecutiva em meio a crescentes preocupações sobre a demanda pelo ingrediente siderúrgico na China, maior produtora mundial de aço.
O plano da China de limitar a produção das siderúrgicas domésticas aos níveis de 2022 aumentou essas preocupações, reduzindo os preços já pressionados pela fraca demanda doméstica de aço durante o que é supostamente o pico da temporada de construção do país e uma perspectiva econômica global moderada.
A Bloomberg informou na quinta-feira que o plano para limitar a produção de aço da China em 2023 deve ser divulgado até o final deste mês.
O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 0,8%, a 768,50 iuanes (112,30 dólares) a tonelada, e estava a caminho de um recuo semanal de quase 3%.
Na Bolsa de Cingapura, a referência de minério de maio caiu 0,4%, para 115,90 dólares a tonelada. No acumulado da semana até agora, a queda é de mais de 1%.
"O minério de ferro ampliou suas perdas enquanto a China planeja limitar a produção de aço para 2023. Isso é uma resposta à recuperação mais lenta da demanda e à redução das emissões", disseram estrategistas de commodities da ANZ em nota.
Apesar da demanda morna, a taxa de utilização da capacidade dos altos-fornos operados por 247 siderúrgicas chinesas sob pesquisa semanal da Mysteel atingiu uma máxima de 22 meses de 91,8% esta semana, disse a consultoria e provedora de dados.
Já pelo lado da oferta, uma tempestade de categoria 5 que atingiu a costa noroeste da Austrália poupou regiões populosas, incluindo o maior centro de exportação de minério de ferro do mundo em Port Hedland.
(Por Enrico Dela Cruz em Manila)
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