Ambev tem lucro acima do esperado no 1º tri
SÃO PAULO (Reuters) - A cervejaria Ambev publicou nesta quinta-feira lucro líquido de 3,82 bilhões de reais para o primeiro trimestre, alta de 8,2% sobre um ano antes e acima do resultado esperado pelo mercado, embora o volume vendido tenha caído ligeiramente.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de 3,06 bilhões de reais para a Ambev no período, segundo dados da Refinitiv.
Em um resultado marcado pelo primeiro período de Carnaval completo pós-pandemia, a companhia afirmou que os custos seguiram pressionados no trimestre passado, embora o crescimento do custo do produto vendido por hectolitro tenha começado a desacelerar "em muitos mercados dado o momento dos hedges de commodities (principalmente alumínio e cevada)".
Com isso, o chamado CPV por hectolitro da Ambev no primeiro trimestre excluindo depreciação e amortização subiu 19,3%.
Mas a empresa afirmou ainda que as despesas gerais e administrativas consolidadas subiram 26,8% no período, "impulsionado pela contínua pressão inflacionária e maiores investimentos em vendas e marketing". No Brasil, a linha conhecida como SG&A cresceu 11,5%, afirmou a Ambev no balanço.
A Ambev apresentou volumes de vendas quase estáveis, com queda de 0,4% no primeiro trimestre sobre o mesmo período de 2022. A receita líquida, por outro lado, cresceu 11,3% e 26,5% em termos orgânicos, com a margem bruta acelerando de 48,9% para 50,7%, em meio a reajustes de preços.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado subiu 16,7%, para 6,44 bilhões de reais. A previsão de analistas, segundo a Refinitiv, apontava para 5,85 bilhões de reais.
A Ambev afirmou que os volumes de cerveja no Brasil cresceram 0,8% no primeiro trimestre na comparação anual, apoiados por segmentos "super premium" e "premium" e diante de uma base comparação forte já que houve suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras em março de 2022.
Na América Central e Caribe, os volumes de venda da empresa caíram 5%. Na região "América Latina Sul", houve baixa de 7,8% e no Canadá as vendas cresceram 5%.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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