Biden e McCarthy iniciam negociações sobre teto da dívida com calote à vista
Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e líderes republicanos no Congresso irão declarar nesta terça-feira suas posições cara a cara sobre o aumento do teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares, com um calote sem precedentes se aproximando em três semanas se o Congresso não agir.
Antes da reunião das 16h (17h de Brasília) no Salão Oval, não havia sinais de que qualquer um dos lados concordaria imediatamente com quaisquer concessões que evitariam um calote já em 1º de junho.
Economistas alertam que um calote prolongado pode levar a economia dos EUA a uma recessão profunda com aumento do desemprego, ao mesmo tempo em que desestabiliza o sistema financeiro global construído sobre títulos dos EUA. Os investidores já estão se preparando para o impacto.
O presidente democrata está pedindo aos parlamentares que aumentem o limite de empréstimos autoimposto pelo governo federal sem condições. O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Kevin McCarthy, disse que sua Casa não aprovará acordo que não corte gastos para lidar com o crescente déficit orçamentário.
As disputas anteriores pelo teto da dívida geralmente terminaram com um acordo feito às pressas nas horas finais das negociações, evitando assim um default. Em 2011, a disputa levou a um rebaixamento da classificação de crédito de alto nível do país, e veteranos dessa batalha alertam que a situação atual é ainda mais arriscada porque as divisões políticas aumentaram.
A reunião de terça-feira provavelmente será o início de um período cada vez mais tenso, sem certeza sobre o resultado final.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse a repórteres na segunda-feira que Biden planeja dizer na reunião: "É dever constitucional do Congresso agir, para evitar o default. O presidente será muito claro sobre isso."
McCarthy, cujo partido detém a Câmara por apenas uma pequena maioria, quer vincular a votação do teto da dívida a amplos cortes de gastos que a Casa Branca considera draconianos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.