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AngloGold reporta trincas em barragem em MG, não vê risco iminente de rompimento

05/06/2023 18h38

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A AngloGold Ashanti informou que foram identificadas trincas em sua barragem CDS II, na cidade mineira de Santa Bárbara, mas destacou que a estrutura não estava sendo operada e que segue segura, estável e sem risco iminente de rompimento, conforme nota publicada nesta segunda-feira.

As trincas, segundo a mineradora, foram identificadas em vistorias de rotina realizadas na estrutura, que passa por obras de descaracterização para o seu fechamento.

"As obras de reforço ("contrapilhamento"), parte do processo de descaracterização, foram paralisadas e, de forma preventiva, foi estabelecido nível 1 de emergência, seguindo os protocolos para o caso", disse a empresa na nota.

Neste nível, a companhia afirmou que não é necessário o acionamento de sirenes ou a evacuação da zona de autossalvamento, "pois não há risco iminente de rompimento".

"Importante ressaltar que as trincas continuam sendo monitoradas constantemente. A barragem foi inspecionada por técnicos da empresa, auditores externos, pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e Defesa Civil", afirmou.

A barragem CDS II tem 82 metros de altura, 540 metros de comprimento e capacidade de 9,8 milhões de metros cúbicos.

A companhia destacou que, desde o final de 2022, todas as unidades da AngloGold Ashanti implementaram em 100% a metodologia de deposição a seco de rejeitos, não enviando mais rejeito em polpa para as barragens, o que inclui a barragem CDS II, em Santa Bárbara.

A AngloGold Ashanti completou ainda que "está trabalhando junto de todas as autoridades, mantendo a comunidade informada sobre todos os passos. A segurança das pessoas é sempre nosso primeiro valor".

A notícia vem após a Justiça de Minas Gerais ter atendido parcialmente a pedido do Ministério Público no mês passado e determinado que a AngloGold Ashanti tomasse diversas medidas de segurança em sua Planta do Queiroz, na cidade de Nova Lima (MG), e que ficasse impedida de operar a barragem Cocuruto e demais estruturas do ativo.

(Por Marta Nogueira)